Mais dois são julgados pelas mortes no Urso Branco

Nesta quinta-feira, 20, por volta das 8h40, o Juiz Aldemir de Oliveira iniciou a quinta sessão de julgamento do Caso Urso Branco. Desta vez, mais dois réus serão julgados: Anderson de França (Besouro) e Adriano Alves (Pulga). Este último ainda está ausente do plenário do Tribunal do Júri, isso porque ele estava foragido e foi recapturado em outra cidade. Pulga será encaminhado para Porto Velho ainda hoje. Um terceiro réu seria julgado nessa sessão, mas devido a uma fuga recente, ele não foi intimado por edital e seu julgamento será remarcado.

Na acusação estão os promotores de Justiça Renato Puppio e Cláudio Wolff. Em defesa dos réus, que eram também detentos na época as 27 mortes no Urso Branco, estão os advogados Roberto Harlei e Walter Bernado de Araújo, da Defensoria Pública.

Logo após o sorteio dos sete jurados, foi iniciada a leitura de algumas peças do processo. Quando concluída essa fase, será feito o interrogatório dos réus. As testemunhas arroladas pela acusação foram dispensadas. Se seguir a dinâmica das sessões anteriores, o julgamento deve se estender até a sexta-feira, 21.

Os debates entre defesa e acusação devem ser realizados amanhã. São pelo menos nove horas, com as alegações iniciais, réplica e tréplica. Já foram julgados pelo Tribunal do Júri 11 acusados pela matança no interior do presídio, em 2002. Três foram absolvidos pelos jurados. Os outros, condenados, tiveram penas superiores a 400 anos de prisão.

Além desses 16, ainda há outros quatro réus que foram pronunciados (decisão de levar a júri popular) pelo Juiz. Três deles eram diretores do presídio e teriam colocado junto dos outros detentos, presos ameaçados de morte. O outro acusado também era preso. Eles aguardam o julgamento de recursos no Tribunal de Justiça de Rondônia.