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Médicos intensivistas participam de formação continuada
Segunda-feira, 16 Março de 2015 - 17:24 | RONDONIAGORA

Os médicos cardiologistas do Instituto, Willy Akira Nishizawa e Julliano Muniz explicaram o tema emergência cardiovascular e eletrocardiograma além de apresentar os números atualizados sobre as ocorrências no país.
O número de infartos anualmente no Brasil é estimado entre 300 mil e 400 mil e, na média, de cinco a sete casos ocorre um óbito, totalizando 60 mil óbitos/ano no país. A doença tem a mais elevada taxa de mortalidade, embora sejam notáveis os avanços terapêuticos obtidos pela medicina. No entanto, a dupla ácido acetilsalicílico (aspirina) e betabloqueadores segue firme nas indicações de tratamento, respeitando-se contraindicações.
Todo paciente com suspeita de IAM recebe rotineiramente aspirina. Já os betabloqueadores servem para inibir competitivamente os efeitos das catecolaminas circulantes, diminuindo a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica. Com isso, reduzem o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Não adianta ter medicamentos na prateleira, se o atendimento não for aceitável, disse o secretário estadual adjunto de saúde, médico Luís Eduardo Maiorquim. Para ele, o Estado só terá condições de enfrentar a realidade, adotando outra performance. Tudo o que investimos, deve ser revertido para salvar vidas, explicou.
Maiorquim destacou ainda a entrega do novo pronto socorro de Cacoal (a 500 quilômetros de Porto Velho) como fator determinante para diminuir a demanda no Hospital João Paulo II, em Porto Velho.
Segundo o clínico intensivista Nestor DAndrea, formado na Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e hoje na equipe do Hospital de Base Ary Pinheiro, na Capital, a maioria dos pacientes de IAM por ele atendida é constituída por vítimas do tabagismo, com ou sem histórico na família, e chega acompanhada de parentes ou é transportada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Chegam-me também muitos dependentes químicos, principalmente de cocaína.
Alguns pacientes chegam conversando e morrem dentro ou fora da UTI. Este curso é bom, porque demonstra a prática da emergência para riscos baixo, alto e intermediário, opinou DAndrea.
A médica Keliana Franco Bucar passou pelo Serviço de Clínica Médica do Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) e graduou-se em UTI com reconhecimento pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Trabalha atualmente na Assistência de Medicina Intensiva 24 horas no Hospital João Paulo II, em Porto Velho, onde funcionam 25 leitos. Novos e antigos necessitam respaldo para lidar com diversos tipos de estresse; se máquinas exigem manutenção, seres humanos precisam sempre se reciclar, porque também se cansam e esquecem, elogiou a médica. Lidamos com situações de risco iminente de morte, no qual o raciocínio e a ação rápida se impõem. Um choque hipovolêmico, por exemplo, significa pouco tempo de vida, e a carência no atendimento pré-hospitalar nos exige rapidez, acrescentou Keliana Bucar.