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Medida adotada por bispo atinge prefeito, deputado e aspirante a vice em Rondônia

Sábado, 24 Setembro de 2011 - 08:57 | Dimas Ferreira




A FRASE

"Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende ao que ensina."
(Cora Coralina)

CHAMOU NA CHINCHA
O governador Confúcio Moura (PMDB) é um gentleman e, por isso, nunca quis dizer na lata o quanto ficou magoado com o prefeito de Chupinguaia, Vanderlei Palhari, que o traiu escandalosamente no ano passado, ao apoiar o adversário, João Cahulla (PPS). Já a secretária pessoal do mandatário, uma baixinha arretada chamada Vilma Alves dos Santos, não tem travas na língua e, dias atrás, em reunião com o líder chupinguaiense, falou cobras e lagartos sobre sua falta de lealdade. Apesar da reprimenda, Palhari deve disputar a reeleição com o apoio de Confúcio.

ENTROU COM VASELINA
O ex-prefeito Melki Donadon conseguiu furar a retranca do presidente da Assembleia, Valter Araújo, que era contra sua filiação do PTB. Antes de abonar a ficha do neo-correligionário, no entanto, o parlamentar evangélico lhe rezou um terço, avisando-o sobre as conseqüências de uma eventual trairagem no futuro. Já Nilton Capixaba, outra estela petebista, comemora a chegada de Melki, saudando-o como “o maior líder político do Cone Sul”.

AVE, MARIA!
Esteja avisado, caro leitor: caso você fique numa situação que exija a extrema-unção para chegar ao céu, evite receber o procedimento católico das mãos dos padres Franco Vialetto (prefeito de Cacoal) e Ton (deputado federal). Os dois estão suspensos pelo bispo Dom Bruno Pedron, da diocese de Ji-Paraná, um linha dura que não aceita vigários na política e que, recentemente, impediu que o pároco pop star de Vilhena, Renato Caron, fosse escolhido candidato a vice na chapa do deputado Luizinho Goebel (PV), já em campanha pela Prefeitura.

TÁ AMARRADO!
Nesta semana, vizinhos da Igreja Batista Lugar de Paz, em Vilhena, acionaram a polícia para dar jeito na gritaria que animava um culto celebrado pelo pastor goiano Hernane Santos, radicado em Curitiba (PR). O religioso, cujos “milagres” podem ser vistos no You Tube, atraiu dezenas de cadeirantes ao templo, mas nenhum voltou a andar. Se não mostrou curas espetaculares, o missionário exibiu educação refinada: pediu que alguns fiéis fossem às casas dos vizinhos incomodados com o barulho e pedisse desculpas pelo transtorno.

QUEM TE VIU...
O PT de Vilhena sempre foi avesso a acordos com lideranças consideradas “reacionárias”. Tanto que, em diversas ocasiões, mesmo antevendo a derrota garantida, preferiu manter a coerência ideológica a firmar alianças contraditórias. Os tempos mudaram: em conversa com este colunista, o presidente da agremiação, professor Arli Moura, disse que a ordem agora é conversar com todo mundo –“até com o Melki”. Acordos certamente não devem sair desses diálogos, mas não custa nada ouvir, segundo argumenta o dirigente.

JOGO DE XADREZ
Está desse jeito a política de Vilhena no momento: o prefeito Zé Rover vai à reeleição (PP), mas sem muita convicção de que todos os que lhe prometem apoio estará em seu palanque; Melki já está em campanha, mas sua candidatura depende da Justiça Eleitoral; Luizinho se lançou, na esperança de que Donadon se estrepe no judiciário; o empresário Jaime Bagattoli (PR) promete sacar R$ 500 mil da própria algibeira, mas não faz a menor idéia se seu nome vai pegar; e o PT não ta nem aí para candidatos a prefeito: quer é reconquistar seu espaço na Câmara, onde já teve dois vereadores e hoje está sem ninguém.

SEM LIMITES
Os vereadores vilhenenses, que mandaram a opinião pública às favas antes de aumentar de 10 para 15 o número de vagas na Câmara, parecem mesmo dispostos a fincar pé na quantidade máxima de cargos. Nem em Ji-Paraná, segunda maior cidade do Estado, o atrevimento foi tamanho: lá, ao invés de cravar as 19 cadeiras que e lei autorizava, os edis tiveram juízo e fixaram em 17 assentos o Parlamento.
ALGUM CONSOLO...
Doidinho para ser convidado a concorrer como vice de alguém em Vilhena, o latifundiário Evandro Padovani (PSDB), presidente do Sindicato Rural, pode não ter tanto prestígio (ainda) nos meios políticos locais, mas está perto de virar celebridade nas rodas sociais. Sua filha Mariana (linda, educada e apolítica) é uma das mais fortes candidatas a Miss Vilhena. O concurso acontece no dia 15 de outubro.

NA TOCAIA
Faz sentido a recusa do ex-deputado Ezequiel Neiva (PPS) em disputar a Prefeitura de Cerejeiras, mesmo sendo favorito na corrida municipal. Ele já anda esfregando as mãos para retomar seu lugar na Assembleia Legislativa, caso se confirmem as candidaturas de Glaucione Rodrigues e Nodi Oliveira, ambos do PSDC e postulantes às Prefeituras de seus municípios, Cacoal e Machadinho, respectivamente. Segundo suplente de sua coligação, Neiva acha que entra no Legislativo estadual de um jeito ou de outro, porque quem está à sua frente é Brito do Incra (PSDC também), que se assanha para concorrer em Pimenta Bueno.

ACONTECEU

EM PORTO VELHO, LULA CONTA COMO “ENCAÇAPOU” USINEIROS

Durante sua visita a um evento empresarial em Porto velho, duas semanas atrás, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva achou um espaço na agenda e engatou um papo informal com o secretário de Estado da Educação, Júlio Olivar. Bem humorado, o líder petista contou como conseguiu deixar em completa saia justa um grupo de usineiros nordestinos que o abordaram para criticar os programas sociais de sua administração. Eis o resumo da conversa com o vilhenense, na qual o episódio foi relatado. Disse Lula:
- Eu ia fazer um discurso quando os tubarões da cana-de-açúcar me cercaram...
- E aí, presidente?
- Falaram o diabo do Bolsa Família: disseram que o programa não passava de uma esmola para adoçar a boca dos pobres...
- Foi mesmo?
- Também me acusaram de estimular a safadeza, liberando a venda de Viagra para idosos...
Olivar já estava às gargalhadas, quando Lula arrematou:
- Mas tiveram que ouvir quietinhos quando rebati as acusações com uma única pergunta...
- Que pergunta?
- Quis saber qual “esmola” era menor: a que o meu Governo dava, através dos programas de inclusão, ou o salário que eles pagavam para o sujeito cortar cana o dia inteiro naquele “solão”...
Segundo o ex-presidente, os industriais queixosos não tocaram mais no assunto e a conversa mudou de rumo.
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