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Moradores do Bairro Teixeirão reclamam do risco de dengue por falta de rede de esgoto
Segunda-feira, 09 Janeiro de 2017 - 15:11 | da Redação

O ditado popular já diz que “prevenir é melhor do que remediar”, e quando se trata de dengue, zika e chikungunya, o cuidado tem que ser redobrado. Nas regiões periféricas de Porto Velho, onde os alguns bairros ficaram por anos sem receber nenhum benefício de infraestrutura e saneamento, a situação é ainda mais grave.
“A gente faz de tudo para evitar, cuida do quintal para não acumular nenhum criadouro do mosquito, não deixa o lixo espalhado, mantém a caixa d’água fechada, mas não adianta nada, se na rua da gente tem uma lagoa gigante de água parada”, reclama a dona de casa Francilene Mendes, moradora do Bairro Teixeirão, Zona Leste da capital.
O bairro precisa de rede de esgoto para escoar a água das chuvas, mas ao contrário, disso, os canais estão a céu aberto, entupidos e se transformam em risco iminente de servirem se criadouros das larvas do mosquito da dengue, e aumentar o foco na região.
“Teve uma época que a prefeitura passou aí, mexeu em tudo, revirou as ruas todas, e deixou uma nojeira. Não terminou nenhum serviço, mediu tudo com a promessa de construção da rede de esgoto, e nunca mais. Graças a Deus que aqui na minha casa ninguém nunca pegou a doença, mas que dá medo, isso dá”, desabafa o comerciante Francisco José Queiroz.
Queiroz mostra que começou a fazer por conta própria uma pequena rede de encanação, com três caixas coletoras, para despejar a água servida que se acumulava em frente à sua casa no canal do esgoto que passa na rua, mas além de ter faltado dinheiro para terminar o serviço, o canal também não é interligado para que a água possa fluir, e o mau cheiro que exala é mais um incômodo para os moradores.
Dagmar Albuquerque, do Comercial Brasil, apela para o uso de inseticidas dentro da residência, para evitar a constante visita de mosquitos e outros insetos que aparecem por conta do esgoto aberto em todas as ruas do bairro. “Tenho dó é das crianças que ainda se arriscam brincando perto desse esgoto”.
O caso do pintor Antônio Sidney da Silva é ainda pior. O terreno localizado à Rua Castilho, onde o homem construiu a humilde residência, é abaixo do nível da rua e cada vez que chove o pesadelo é maior. A água da rua alaga todo o quintal e empoça nas partes em que o pintor não conseguiu ainda aterrar.
“Aqui em casa eu, minha esposa e meus dois filhos, todos já pegamos dengue. É difícil essa situação, Nós pagamos IPTU e todos os demais impostos e nunca fomos tratados aqui com respeito. Esse prefeito já começou demonstrando que quer trabalhar mesmo, então peço a ele um olhar especial aqui para o nosso bairro, que tanto precisa desses cuidados”, concluiu Antônio.

