Moradores liberam acesso da Estrada da Penal após compromisso de carro pipa e asfaltamento

Cansados de conviver com a poeira e de promessas não cumpridas, os moradores da Estrada da Penal, na Zona Rural de Porto Velho, bloquearam mais uma vez o acesso à via nesta segunda-feira. No final de semana eles já haviam realizado bloqueio, cobrando o asfalto prometido pelo Departamento de Estradas Rodagens e Transporte (DER) há mais de dois anos. A Estrada do Porto Bertolini também foi fechada pelos moradores.

As vias acabaram sendo abertas no final da tarde após novo compromisso do DER, de que disponibilizaria caminhão-pipa pelo menos três vezes ao dia, além de que as obras para asfaltamento começariam no dia 25.

“O problema aqui é a poeira que não dá trégua pra gente e nem para nossos animais. Nós reivindicamos também o cumprimento da promessa de asfalto em toda a estrada que os representantes do estado disseram que iriam fazer, mas até agora nada foi feito. Os animais estão sofrendo e até morrendo com essa poeira insuportável todos os dias”, disse o agricultor Hernandes Batista dos Santos, de 28 anos, que mora na comunidade há mais de 15 anos.

O presidente da associação dos moradores Raimundo Nonato Soares é morador da comunidade há mais de 38 anos e disse que o problema é antigo. “Isso aqui não é de agora, depois que as carretas começaram a transitar por aqui o problema com a poeira começou. Nós já fizemos várias reuniões com os representantes do DER e nada foi resolvido até hoje. Só vamos liberar a pista depois que vier alguém aqui e se comprometer em ajudar a gente e se não fizer o prometido vamos fechar de novo”, disso o morador.

O agricultor Enden Nogueira, de 55 anos, reclama da falta de compromisso das autoridades. “Nós não acreditamos mais nessas promessas deles por isso fizemos esse protesto pra cobrar seriedade no que disseram em nossas reuniões. Nossa saúde e a dos nossos animais que dão nosso sustento estão comprometidas por causa dessa poeira e esse esquecimento não pode continuar”, reclamou.

O RONDONIAGORA tentou contato com o DER, mas não obteve retorno.