Motorista morre ao tombar caminhão e família suspeita de enfarto

Um acidente de trânsito ocorrido por volta das 21h de ontem matou na hora o mecânico Luiz Carlos Lopes da Silva, de 50 anos. O caminhão boiadeiro Mercedes 1313 dirigido por ele capotou na rotatória da BR 174, rodovia que liga Vilhena a Juína (MT), nas proximidades do aeroporto. Lopes ficou preso embaixo da cabine do veículo e foi retirado do local por homens do Corpo de Bombeiros, que usaram ferramentas para serrar parte das ferragens.

A Polícia Rodoviária Federal chegou ao local do acidente após ser acionada por outro caminhoneiro. Até o momento não foram identificadas as causas da capotagem, que aconteceu em plena reta, 15 metros depois da rotatória. O caminhão saiu da pista e tombou a outros 15 metros do lado direito da BR.

O corpo de Luiz Carlos, que durante muitos anos foi dono da oficina mecânica São José, ao lado do Restaurante Mariza, no centro da cidade, foi levado direto para o necrotério do Hospital Regional. Há um ano, a oficina foi vendida e Lopes abriu outra, com o mesmo nome, no bairro Bodanese. No cadáver, além de um pequeno corte na cabeça, não era possível observar outros ferimentos graves o suficiente para causar a morte do motorista, o que levou alguns dos profissionais da unidade de saúde a levantar a hipótese de que ele tenha sofrido um infarto, fazendo com que o caminhão andasse desgovernado até bater no meio fio e tombar. A família pediu que na necropsia a ser feita se identifique essa suspeita. O laudo médico confirmando ou desmentindo o ataque cardíaco deverá ficar pronto ainda hoje.

De acordo com informações levantadas pelo site junto a familiares do caminhoneiro, que foram fazer o reconhecimento de seu corpo no HR, ele apenas trabalhava no veículo boiadeiro, que pertence a dois de seus irmãos, um deles o ex-jogador Do Vilhena Esporte Clube (Vec) Valdecir Lopes, o Cisão. A carga que ele trazia vinha de uma fazenda pertencente ao empresário Darci Tozzo, que fica a 50 quilômetros do local da tragédia, e seria entregue em outra propriedade do mesmo pecuarista, no distrito de São Lourenço, também a 50 lm da cidade, sentido Porto Velho. Alguns animais morreram em decorrência do acidente, outros ficaram feridos e tiveram que ser sacrificados.

Luiz era casado com a atendente de padaria Maria Helena Gonçalves Cruz, de 40 anos, deixa duas filhas e um filho, todos maiores de idade. Paranense de Formosa, morava em Vilhena havia 34 anos.