Geral
Na última noite do ano Tribunal de Contas retorna a unidades de saúde e detecta novos problemas, mas também melhorias
Quarta-feira, 01 Janeiro de 2025 - 09:17 | TCE/RO
Uma semana após a ação realizada no Natal, o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) promoveu, na noite desta terça-feira (31), uma fiscalização em unidades de pronto atendimento (UPAs) de Porto Velho e no Hospital João Paulo II.
A equipe de auditoria constatou uma melhora no atendimento e no serviço dos profissionais de saúde.
Pacientes disseram que médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e pessoal de apoio estavam prestando serviço mais humanizado e rápido.cEssas opiniões foram referentes aos profissionais com atuação nas UPAs e no João Paulo II.
Por outro lado, novos problemas foram detectados pelas equipes de auditoria do TCE-RO: ausência de profissionais plantonistas, falta de medicamentos (e insumos), equipamentos parados, instalações físicas, móveis deteriorados, entre outros.
Escala de plantonistas
Novamente, a falta de médico cirurgião foi o ponto negativo durante a inspeção feita, no João Paulo II, o maior pronto-socorro do estado. Dos três profissionais previstos na escala, apenas dois estavam atendendo no hospital.
A situação se agrava, em razão do período que exige mais profissionais para atender pacientes que necessitam de cirurgias de emergência.
Foi constatada, ainda, insuficiência de especialidades, como ortopedia. Havia apenas um médico, sobrecarregando o profissional e prejudicando o atendimento.
Novamente, o TCE-RO se deparou com pacientes internados em corredor, assim como as instalações com salas, banheiros e outros ambientes em situação precária.
Ainda no João Paulo, os usuários reclamaram da falta de informações sobre procedimentos de saúde, como diagnóstico, tratamento e internação.
Falta de equipamentos na upa leste
Na UPA da Zona Leste, o dado negativo foi, novamente, o equipamento de raio-X, que não está funcionando. Segundo informações de servidores, é um problema recorrente daquela unidade.
Foi ainda verificado outro equipamento, utilizado para a realização de exames de fígado e coração, que também estava parado há algum tempo, impedindo o acesso das pessoas a esses exames.
Como ponto positivo, o Tribunal de Contas constatou que alguns exames e procedimentos passaram a ser disponibilizados ao cidadão. Isso representa uma melhoria no serviço.
A avaliação dos serviços foi considerada, pelos pacientes entrevistados, satisfatória. Na maioria dos casos, os atendimentos ocorreram de forma rápida e eficiente.
Ausência de profissionais na Ana Adelaide e zona sul
Na UPA Zona Sul e na Policlínica Ana Adelaide, o TCE-RO detectou falta de profissionais, no caso de técnicos de enfermagem.
Na UPA, faltavam insumos. Na Ana Adelaide, o aparelho de raio-X estava funcionando, adequadamente. Todos os exames laboratoriais estavam disponíveis, com exceção do bioquímico.
A equipe do TCE verificou que a máquina para exames bioquímicos foi instalada, mas ainda não está sendo utilizada devido à ausência de equipe treinada e/ou autorizada para o uso.
Quanto à infraestrutura, a equipe de auditoria do TCE considerou boa.
Em todas as unidades gerenciadas pelo município, existiam pacientes aguardando a regulação, ou seja, o direcionamento da pessoa para uma unidade com tratamento adequado (hospital, por exemplo).
A fiscalização surpresa de Réveillon, feita pelo TCE-RO, dá continuidade ao trabalho realizado, desde o início da atual gestão do presidente Wilber Coimbra.
Todas as informações serão reunidas em relatórios, que serão encaminhados aos gestores da saúde de Porto Velho e do Estado.
O corpo técnico do TCE irá se reunir, mais uma vez, com os representantes do município e governo estadual. Caso esses problemas não sejam solucionados, o Tribunal de Contas irá representar os responsáveis, podendo gerar multas e até reprovação nas contas.