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No Dia do Consumidor, economista alerta para necessidade de educação financeira e planejamento
Domingo, 15 Março de 2020 - 09:48 | da Redação
Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio), no mês de fevereiro deste ano, mostrou que 54,6% das famílias de Porto Velho estão endividadas. No Dia Mundial do Consumidor, neste domingo, 15 de março, o economista Silvio Persivo dá dicas para não entrar na lista de inadimplentes.
Segundo o economista, o principal "segredo" para evitar problemas financeiros é ter planejamento. “Essa educação de planejamento deveria começar nas escolas, principalmente com as crianças, ensinando como controlar suas finanças. Em geral, as pessoas não sabem controlar sua vida financeira. É necessário colocar no papel a renda da família para que seja feito um cronograma do que é necessário comprar durante o mês. Evitar gastos desnecessários também ajuda no controle”, alerta.
Silvio Persivo explica que, quando a pessoa está em uma situação complicada financeiramente, é preciso restringir determinados itens. “A pessoa endividada precisa providenciar uma renda extra ou restringir seus gastos para poder tentar quitar as dívidas. Mas, sabemos que é muito difícil quando o endividamento é por causa do desemprego ou de doença. Por isso o planejamento financeiro é importante nessas horas”, explicou o economista.
Em caso de compras a longo prazo, o ideal é não comprometer mais que 25% da renda durante esse período. “Pequenas aquisições que são feitas durante o mês, se não forem controladas, podem prejudicar a família financeiramente no final do mês”, destaca.
Para Silvio Persivo, o endividamento é um processo muito difícil, onde muitas vezes a pessoa não sabe como negociar suas dívidas. “Primeiramente o devedor tem que procurar a empresa e mostrar interesse em quitar. O aconselhável, é verificar a melhor condição de pagamento seja a vista ou parcelado. No caso do parcelamento, a pessoa tem que ter ciência do quanto ela pode pagar por mês para não deixar atrasar novamente o acordo”, orienta.
Levantamento
Os dados mostraram que o maior índice de endividamento está em compras feitas no cartão de crédito, com 63,6%. Em seguida aparecem compras realizadas no carnê, 38,2%.
No levantamento foi constatado que 22,5% das famílias tem dívidas em atraso, ou seja, não conseguiram pagar o que compraram e, provavelmente, terão seus nomes inseridos no sistema de proteção ao crédito.
Dessas pessoas com dívida em atraso, 13% dizem ter como pagar e 32,8% informaram que não têm. “Isso se dá em virtude da falta de planejamento. O alto índice de desemprego também faz com que essas pessoas não consigam pagar suas dívidas”, diz Silvio Persivo.
O levantamento mostrou, ainda, que 56,9% são de pessoas com contas em atraso acima de 90 dias.