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Novas diretrizes para agricultura sustentável são discutidas em RO

Quarta-feira, 30 Abril de 2008 - 14:26 | Wania Ressutti


Segmentos da sociedade representada por organizações estatais e não governamentais de assistência técnica e extensão rural (ater), movimentos rurais, indígenas, quilombolas e sindicatos, estiveram reunidos nos dias 29 e 30, no Centro de Treinamento da Emater (Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia) para discutir as novas diretrizes para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e solidária para o País.



Antes das atividades em grupo os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as apresentações sobre o papel da assistência técnica e extensão rural. Foram discutidos temas como: A Instituição da Ater Pública; A Abordagem da Ater Pública (metodologia e conteúdo); Ater na Geração e Apropriação de Renda (processo produtivo); e Ater na Qualificação das Políticas Públicas. Após as explanações cada grupo discutiu os eixos temáticos levantando propostas a serem discutidas e levadas para a Conferencia Nacional e, por fim foram eleitos os oito representantes que irão defender as propostas em Olinda.

Para Olavo é preciso que se considerem as dificuldades de cada região na alocação de recursos e na implementação da assistência técnica. “Se no Sul do País um extensionista é capaz de assistir 100 famílias, em Rondônia só será possível atender 80 e no Amazonas, 50”, diz, citando os dados fictícios para exemplificar a dificuldade de cada região.

Antes das atividades em grupo os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as apresentações sobre o papel da assistência técnica e extensão rural. Foram discutidos temas como: A Instituição da Ater Pública; A Abordagem da Ater Pública (metodologia e conteúdo); Ater na Geração e Apropriação de Renda (processo produtivo); e Ater na Qualificação das Políticas Públicas. Após as explanações cada grupo discutiu os eixos temáticos levantando propostas a serem discutidas e levadas para a Conferencia Nacional e, por fim foram eleitos os oito representantes que irão defender as propostas em Olinda.

Uma nova política para a extensão rural

A extensão rural no país vem passando por uma reestruturação dos serviços oferecidos. Hoje não se pode mais pensar em desenvolvimento sem, ao mesmo tempo, pensar nas questões ambientais e às exigências da sociedade nos papéis que deveriam ser assumidos pelo Estado. Com isso o Governo Federal surgiu a nova Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), com o desafio é estimular a diminuição da pobreza, através da geração de renda e criação de novos postos de trabalho, potencializando as atividades produtivas agrícolas voltadas à oferta de alimentos sadios e matérias primas, apoiando ainda estratégias de comercialização nos mercados locais, regionais e internacionais. Mas para que isso ocorre faz-se necessário superar os desafios advindos do antigo modelo extensionista, cuja base estava alicerçada na teoria da difusão e inovação de tecnologias e na revolução verde (que priorizava o aumento da produção, visando suprir a necessidade de alimentos através de sementes melhoradas, sem foco para as questões ambientais, e focar a atenção para a necessidade do País). “O que a gente quer nada mais é o que a gente necessita”, diz José Claudenor, subsecretário de planejamento da Secretaria de Aqüicultura e Pesca (Seap), da presidência da República.

Claudenor diz ainda, que a ater tem que ser pública e que o sistema tem que garantir a extensão a cada um dos cidadãos, sejam eles do campo, pescadores ou quilombolas.

Para José Tarcísio Batista Mendes, diretor técnico e de planejamento da Emater que abordou o tema a Instituição da Ater Pública (Sibrater), falta uma discussão maior com os beneficiários para se concretizar uma política agrícola familiar eficiente. “A sociedade precisa estar organizada, dentro dos conselhos, para que se possa avançar nas discussões”, diz.

A Emater tem atuado em prol da agricultura familiar de uma forma eficiente. A resposta da população com o aumento da produção agrícola é a maior prova disso, mas é preciso que haja um maior incremento de apoio. Viabilizar recursos federais para a extensão rural vai não só fortalecer o setor, como direcioná-lo ao desenvolvimento sustentável. E é isso que se quer para o desenvolvimento rural do País.

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