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Número de foragidos presos sobe 15%; apreensão de armas, drogas e veículos também aumentaram

Terça-feira, 27 Fevereiro de 2018 - 06:37 | da Redação


Número de foragidos presos sobe 15%; apreensão de armas, drogas e veículos também aumentaram
Fonte: Polícia Militar de Rondônia

No último fim de semana, a Polícia Militar recapturou sete foragidos em Porto Velho. Esse trabalho tem sido intensificado nos últimos dois anos, quando foi registrado o aumento também no número de apreensões de arma de fogo, de veículos furtados e de drogas, além de prender foragidos. Segundo o comandante da corporação, coronel Ênedy Dias, os policiais são orientados a abordar pessoas em atitudes suspeitas, consultar nomes e placas de veículos para impedir a ocorrência de crimes. “Quando ataca-se estes quatros pontos, você consegue evitar que os traficantes, principalmente, tenham sucesso”.

Somente em 2017, foram 1.260 armas apreendidas, o que representou um aumento de 7% em relação a 2016. No mesmo período, o número de foragidos recapturados chegou a 2.912, elevação de 15%. Houve aumento também no número de ocorrências de apreensões de drogas, 1.840, elevando em 16,6% o número de apreensões realizadas pela PM durante patrulhamentos de rotina em todo o estado. 

Segundo o comandante geral da PM, coronel Ênedy Dias, a PM atende 84 localidades, que são os 52 municípios e mais 32 distritos, havendo pelo menos uma equipe de plantão 24 horas por dia. “A nossa estratégia de policiamento está com radiopratrulhamento, policiamento de guarda, policiamento especial – a COE, Patamo, grupo antibomba, canil -, policiamento de trânsito na capital e interior e também o ambiental que tem mostrado grandes resultados junto com os demais órgãos de fiscalização, com apreensões e prisões pra combater o desmatamento no nosso estado. Esse é o espectro operacional de ação da Polícia Militar do Estado de Rondônia”, afirma o coronel.

Sobre as apreensões de foragidos, armas e drogas, Ênedy Dias revela que foi a forma encontrada, e utilizada, para evitar com que houvesse aumento da criminalidade no estado de Rondônia.

“A recomendação para os nossos policiais é que o serviço seja feito, da forma correta. O policial viu alguma pessoa suspeita, ele precisa abordá-lo. Somente abordando e consultando nos sistemas disponíveis, seja para veículos, seja para identificação pessoal, é que ele vai saber quem é a pessoa e se ela realmente está em atitude que precisa ser conduzida para a delegacia. A nossa meta é evitar que o tráfico de drogas seja fortalecido. Se impedimos que a arma, o veículo furtado chegue até o traficante, ele não vai conseguir traficar como pretendia. Porque a maioria dos outros crimes derivam do tráfico de drogas e nós, como policiamento ostensivo e preventivo, precisamos evitar que a criminalidade aumente”, afirma o comandante da PM.

Com uma folha de pagamento que gira em torno de R$ 25 milhões por mês, a Polícia Militar de Rondônia tem atuado de forma preventiva e mostrando o trabalho para a sociedade, principalmente os mais jovens. A forma mais evidente são as escolas estaduais que foram militarizadas. “Além da presença ostensiva na rua, temos ações sociais e estamos também nas escolas. Saímos de duas para sete escolas militares no estado de Rondônia. Há uma em Porto Velho e outra em Jaci-Paraná tipicamente militares. As outras são um processo compartilhado de gestão entre PM e Seduc, onde implanta-se uma espécie de estética militar na administração, com disciplina, hierarquia, aula de civismo, coisa que muitas vezes estão um pouco esquecidas, e temos essa ampliação. E a escola passa a ter uma guarda 24 horas feita pela PM e favorece a comunidade em volta da escola. Lá [nas proximidades da antiga Escola Manaus, em Porto Velho] tinha comerciantes que não conseguiam nem abrir o comércio em virtude criminalidade e depois disso, os comércios estão com mais tranquilidade”, garante o coronel ressaltando que o objetivo é criar um ambiente comunitário, manter a polícia mais perto da comunidade, “não só levando educação, participando da educação do jovem, mas tornando o ambiente mais propício para uma educação”.

Número de foragidos presos sobe 15%; apreensão de armas, drogas e veículos também aumentaram
Proerd em Ariquemes (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

“A PM não vai intervir no processo educativo. A gestão é compartilhada com a Seduc, os professores vão continuar dando as aulas, a questão pedagógica é com a Seduc. A PM vai cuidar hierarquia, da disciplina, da cidadania, do hasteamento da bandeira, do civismo, dos hinos Nacional e do Estado. É uma questão de formatura com uma estética militar, que os próprios jovens gostam de participar de ordem unida, são ações de organizações que propiciam um ambiente escolar melhor, que os pais gostam, que os alunos gostam. E aqueles que não se identificarem com a doutrina militar, a Seduc vai propiciar outra escola pra ele estudar, sem problema nenhum”, afirma.

Proerd e Patrulha escolar
Com o lema ‘Polícia Militar, Instrumento de Paz’, alusiva a oração de São Francisco de Assis, a Polícia Militar tem sido protagonista de vários projetos sociais, principalmente nas escolas. Um dos mais antigos é o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) que atendeu em 2017 mais de 35 mil alunos no estado de Rondônia. “Temos feito um investimento muito grande. E em nossas estatísticas, não temos registradas ocorrências de pessoas que passaram pelo Proerd e se envolveram em confusão depois. Não tem registro de ocorrência com elas. E neste ano, o Proerd completa 18 anos. Além da prevenção às drogas, o programa mostra que o jovem tem que resistir a violência e estamos tendo esse resultado, trabalhando com os alunos do 5º ano em todo o estado”, avalia o coronel.

A PM tem atuado de forma presencial no combate a aliciamento, venda de drogas nas proximidades de escolas e também a menores infratores que acabam levando armas para escolas. Com o projeto de Patrulha Escolar dos 1º e 5º BPM, na capital, o resultado tem sido satisfatório.

“A gente percebe que tanto professores, alunos, como os pais dos alunos, acabam tendo uma sensação de segurança maior. É mais confiança em deixar o filho na escola e voltar pra casa ou ir trabalhar, sabendo que ele está protegido”, diz.

Polícia Mirim
Também conhecido como guarda mirim, a ideia, segundo o coronel, é que cada município tenha a sua PM Mirim. “Ariquemes, Machadinho, Ji-Paraná, Vilhena, Rolim de Moura, Cacoal e Porto Velho já têm o projeto em atividade. Para este ano, a PM está planejando fazer uma conferência, trazer os policias que são coordenadores, fazer uma reunião de comando e intensificar ainda mais a formação do jovem e deixar que esta formação seja uniforme. Hoje temos capitães que foram guardas mirim, vários soldados. São projetos que identificam o jovem que já quer seguir uma carreira militar, assim como vai levar o jovem para o caminho do bem. É a contribuição da PM para um caminho de paz, para a prevenção”, destaca.

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PM na Escola
Outro projeto social é o PM da Escola, um projeto com palestras educativas, direitos, o trabalho da PM, desenvolvido principalmente pelos 1º e 5º BPM. “Mas a gente quer chegar a outros lugares. Nós queremos levar essas mesmas informações a empresas, órgãos públicos, queremos que as pessoas conheçam o trabalho do policial militar e nos ajudem a manter a cidade mais segura”.

Viaturas alugadas
Segundo o comandante, a PM trabalha com a terceirização das viaturas e com isso, não há problemas de falta de veículo que estão em manutenção, não há falta de combustível, entre outros problemas que poderiam surgir. “A terceirização das viaturas garante a PM que sempre haverá veículo para trabalhar. Se alguma se envolver em um acidente, a empresa tem que repor e consertar aquela que apresentou problema, ou seja, a PM não vai se preocupar com essa parte, vai se preocupar com a segurança”, alerta.

Violência em Rondônia
“Quando a gente diz Rondônia é muito violento, qual o paradigma que a gente está usando para isso? Porque quando relaciona com outras cidades, a gente vê que não é tão violento assim. Nós temos que desconstruir isso. Nós temos sim violência, mas proporcionalmente, o governador Confúcio Moura construiu sete presídios, e tem outros sendo construídos e não tem vaga pra colocar mais presos. Então a PM está trabalhando, está atuando, retirando as pessoas que praticaram crimes e tirando de circulação. Quando nós trabalhamos nessa base que atacar os instrumentos que poderiam ser utilizados pelos traficantes de drogas, nós enfraquecemos o criminoso e damos mais sensação de segurança para a população”, finaliza o comandante geral da PM destacando que no estado de Rondônia não há registros de policiais militares mortos em confronto com bandidos durante o serviço.

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