O número de financiamentos de veículos cresceu 37,5% em 2021 com relação ao ano anterior

Em geral, 96% das compras de veículos são feitas à vista ou financiadas. De acordo com a ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), até setembro do ano passado, mesmo com as dificuldades econômicas, 48% dos veículos comercializados foram pagos à vista e 48% com financiamentos, os 4% restantes foram adquiridos na modalidade de consórcio.

Para esses financiamentos, o Banco Central informou que mais de R$ 146 bilhões tinham sido liberados para financiar a compra de veículos até esse mesmo mês. Isto representa um aumento de 37,5% de recursos em relação ao mesmo período de 2020. 

Lembrando que para adquirir um carro popular é preciso desembolsar entre de R$ 50 mil e R$ 71 mil muitos procuram parcelar a compra, mas nem todo mundo consegue fazer um financiamento de veículo. Para isso é preciso passar pela análise de crédito e depois avaliar se a proposta da instituição é conveniente. Neste ponto, vale lembrar que a taxa de juros para financiamento de veículos é diferente, muda de acordo com a instituição financeira escolhida para fazer o financiamento, a análise de perfil do cliente e as condições de pagamento. Porém uma taxa de juros baixa não significa que o financiamento é o mais barato do mercado. 

Além dos juros, são cobradas outras tarifas como o seguro do financiamento, o Imposto de Operações Financeiras (IOF) e outras taxas administrativas. Todos esses gastos “extras” devem ser informados ao cliente antes da assinatura dos documentos. Eles compõem o Custo Efetivo Total (CET) da operação e é o principal percentual que o comprador deve considerar antes de fechar a compra do veículo por meio de um financiamento. 

É possível conhecer o CET que as instituições financeiras estão aplicando atualmente. Esses dados são divulgados pelo Banco Central. Na última atualização da sua tabela de taxas médias mensais que foram praticadas entre 29 de dezembro e 04 de janeiro, os valores vão desde 1,19% ao mês até 3,72% a.m. (15,20% ao ano até 54,97% a.a.).

Com essas taxas, para comprar um veículo de R$ 130 mil, dando uma entrada de R$ 20 mil e financiando os R$ 110 mil em 5 anos (60 meses) que é o prazo máximo que a maioria das instituições oferecem o cliente poderia ter parcelas desde R$ 2.575,50 à R$ 4.606,81.

Para ter mais chances de passar na análise de crédito e conseguir um bom empréstimo, é conveniente que o cliente leve em consideração os seguintes fatores:

• Ter um bom histórico financeiro. Isso é possível tendo as contas em dia e com o nome longe das listas dos órgãos de proteção ao crédito como o SPC ou a Serasa. 
• Boas referências bancárias. Em outras palavras, demonstrar ter a capacidade de pagamento para arcar com as dívidas. Isso se faz com o comprovante de renda e com bens em seu nome.
• Valor do carro. É importante considerar que o valor das parcelas do financiamento não supere 30% da renda do comprador, levando em consideração que além das prestações da compra é preciso pagar o seguro, o combustível e demais gastos de manutenção. 
• Ano de fabricação do veículo. Em geral os carros mais novos são os que apresentam maiores chances de ser financiado, visto que ao ter menor desgaste e estar em boas condições são melhores garantias para a instituição financeira.