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O que o seu voto vale? – Por Gilmar Batista da Costa

Sexta-feira, 20 Agosto de 2010 - 17:21 | Gilmar Batista da Costa


Quando é tempo de eleições, a população é bombardeada com todos os tipos de informação acerca da política e das administrações e isso confunde as pessoas, cada um fala do seu modo e de forma a favorecer a si mesmo ou a alguém que vai lhe favorecer. É legislar em causa própria.

O candidato se comporta explicitamente de forma interesseira, pois precisa agradar para conseguir o que deseja e conscientemente chama de “voto de confiança”.

Ele sonda os interesses do eleitor que muitas vezes é tão corrupto quanto grande parte dos candidatos que por sua vez fala aquilo que o eleitor quer ouvir.

Se o candidato não oferece, o eleitor pede e muita gente não se corrompe por falta de oportunidade.

A final, o que vale o seu voto?

O seu voto vale R$ 10,00. Vale a telha do puxadinho, a gasolina, a consulta no oftalmologista, a dentadura, uma portaria, o investimento na educação, na saúde, na estrada, segurança pública, reforma agrária e, sobretudo, o desenvolvimento do país.

Como se não bastasse, cada voto vale ainda um contrato de quatro ou oito anos com direito a recondução e o beneficiado será a pessoa que vai administrar ou contribuir na administração do Estado e sua MÁQUINA, que neste caso é a máquina do poder e também de fazer dinheiro.

Não é por acaso que candidatos se prostram gentil e humildemente diante do eleitor pedindo o seu “voto de confiança” e em público digladia-se um contra o outro. Todos conhecem perfeitamente o valor do voto, pois ele Vale Vidas e o eleitor é a galinha dos ovos de ouro que precisa ser conquistada.

Cabe ao eleitor observar os que se colocam a disposição, insiste que é amigo e que fará tudo em seu favor, é bom lembrar o bordão “quando a esmola é demais o santo desconfia” e o eleitor deve desconfiar de tudo, inclusive daquele que se apresenta dizendo o que já fez, lembre-se que ele cumpriu uma obrigação e foi muito bem remunerado, o eleitor não deve nenhum favor e jamais votar pelo motivo de ser amigo ou parente do interessado, pois os amigos ou parentes nem sempre possuem competência e requisitos necessários.

Não basta que tenha a ficha limpa, é preciso observar os que compõem seu grupo de apoio e patrocínios, pois ainda vale a maçante frase “Diga com quem tu andas que eu direi quem tu és.”

Políticos de profissão também devem ser evitados, pois a experiência adquirida nunca é usada em favor do povo. Além de um exercício de cidadania, a participação na política é um dever cristão e obrigação de todos.

O autor é educador Social do Projeto Pe Ezequiel da Diocese de Ji-Paraná

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