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PF prende 12 pessoas integrantes de quadrilha de traficantes de Rondônia
Quarta-feira, 01 Setembro de 2021 - 17:17 | da Redação
Doze pessoas foram presas preventivamente na manhã desta quarta-feira (1) em Porto Velho, durante a Operação Alcance, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular um esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para a cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, assim como núcleo voltado à lavagem de capital proveniente do tráfico sediado na capital rondoniense. Segundo a PF, entre os presos, estão quatro pessoas que foram flagradas com arma de fogo, durante o cumprimento das cautelares.
As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da Organização Criminosa (ORCRIM) sediada em Porto Velho e liderada por indivíduo foragido condenado em 2015 a aproximadamente 40 anos de prisão por tráfico, associação e lavagem de dinheiro. A Polícia constatou que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.
Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$ 1.500.000,00 no interstício de 15 dias. Durante as investigações, a Polícia apurou que a droga saia do município de Guajará-Mirim, passava por Porto Velho e seguia para Fortaleza. Todo o transporte dos entorpecentes era feito via terrestre. De acordo com o chefe da delegacia de repressão a drogas, delegado Hévelin Rodrigues, o patrimônio do líder da organização criminosa, e dos principais envolvidos que atuavam com ele foi bloqueado pela justiça.
Foi identificado sítio, fazenda, imóveis, terrenos em condomínios de luxo na capital, inclusive empresas com porte considerável de transporte com carretas e caminhões. “Todos foram bens foram identificados e a justiça decretou a disponibilidades deles”, disse. Segundo o delegado, a lavagem de dinheiro funcionava da seguinte maneira: O dinheiro do Estado do Ceará chegava até Rondônia, contando principalmente com a cidade de Guajará-mirim, com pessoas sediadas, e arregimentadas para ceder contas bancárias. “Aqui elas auferiam cerca de 3% pelo valor movimentado, ou seja, cada valor que viria de Fortaleza para essas contas, era sacado e a pessoa que cedesse essa conta ficaria com os 3%. Assim foram identificadas várias pessoas com essa movimentação dissimulada, inclusive empresas que também faziam parte desse ramo de lavagem de capitais”, finalizou o delegado afirmando que as investigações continuam.