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População reclama da falta de água e segurança no Cemitério dos Inocentes

Sábado, 01 Novembro de 2014 - 08:48 | RONDONIAGORA


População reclama da falta de água e segurança no Cemitério dos Inocentes
Fundado em 1915, o histórico Cemitério dos Inocentes, no Centro de Porto Velho, já não recebe a mesma atenção de alguns anos atrás. Além da limpeza superficial feita pelo Município, apenas às vésperas do Dia dos Finados (no próximo domingo), familiares e trabalhadores que fazem a manutenção dos jazigos reclamam da falta de água para o serviço.



“O pessoal da prefeitura passou por aqui há duas semanas e roçou o mato, mas a gente não tem nem água para lavar os túmulos”, disse Ruy Gomes, autônomo. Ruy conta que desde menino faz o trabalho no cemitério durante os três dias que antecedem o Dia dos Finados, mas afirma que a tradição de velar os mortos já não é mais a mesma. “A dois dias de domingo isso aqui estaria lotado, mas ao contrário, só mesmo aquelas pessoas mais antigas ainda mantém a tradição”, completa.

Além da água racionada para o trabalho de limpeza, a população reclama da falta de segurança no local. “A gente tem até medo de vir aqui no dia-a-dia e ser atacado por um marginal. Eles entram e fazem o que querem, ficam consumindo entorpecentes aqui, e só a moça que cuida da portaria não dá conta de impedir. O cemitério precisa de uma guarda para inibir a entrada desses vândalos”, desabafou Nucimélia Ribeiro.

Nucimélia disse ainda que o habito de frequentar o jazigo da família faz parte de sua rotina, mas os horários impostos pela administração do cemitério não facilitam as visitas. “Eles abrem às 7h e fecham às 11h. Depois só abrem às 13h, um horário em que o sol está terrível, além disso quem trabalha não consegue visitar no horário de almoço. No final da tarde seria o ideal, mas eles fecham às 17h”.

Renda extra

O administrador Aurélio Tavares foi visitar o jazigo da família e diz que já conta com um serviço de limpeza durante todo o ano. “Eu já tenho uma pessoa a quem pago mensalmente para fazer a limpeza pra mim. Venho umas três vezes ao ano, e é um momento em que faço minhas orações para os cinco parentes aqui sepultados”.

Dona Auxiliadora Brito, assistente social, afirma que as visitas são frequentes ao cemitério, e a limpeza é primordial. Para isso, o pintor Raimundo Guimarães oferece seu serviço há mais de uma década no local, pintando os túmulos e reforçando o letreiro nas lápides. “É um meio de ganhar um dinheiro extra, e nos três dias de trabalho faço em torno de 800 a mil reais”, revelou. Rondoniagora.com

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