Presos fizeram quase 18 mil ligações de dentro da cadeia em dois meses

Os dados são resultantes da "Operação Pilatos" iniciada pela Policia Civil de Vilhena em Dezembro de 2011 e que tinha como foco o combate ao tráfico de drogas. Conforme um levantamento feito pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil junto a operadoras de telefonia celular, em um período de dois meses foram feitas exatas 17.849 ligações telefônicas por presos, originadas ou recebidas dentro da cadeia pública local.

Há provas cabais no inquérito policial que muitos aparelhos que entram na cadeia pública estavam sendo transportados dentro de garrafas térmicas destinadas à alimentação dos presos.

Dois funcionários da empresa Bandolin, terceirizada que presta serviço de fornecimento estavam sendo subornados por presos para, ao preço de R$ 500,00, cada aparelho, infiltrarem celulares na cadeia pública. Um deles, já descoberto (Jhony Marcos Pozzebon), foi demitido da empresa e responde investigação por crime de Favorecimento Real, havendo no inquérito farta prova de que mantinha contato com os presos, com o fim de transmitirem celulares.

Essa investigação traça um grave mapa da criminalidade do tráfico na cidade de Vilhena, sob o comando de organização criminosa instalada por detentos do interior da cadeia pública local.