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Proprietários de comércios são presos por furto de energia em operação na capital
Sexta-feira, 11 Outubro de 2024 - 15:56 | Redação
A Energisa realizou uma série de fiscalizações nas regiões central, sul e leste de Porto Velho, com o objetivo de combater o furto de energia elétrica em estabelecimentos comerciais de médio e grande porte.
Durante a ação, diversas irregularidades foram identificadas, incluindo um desvio de energia em três fases em uma indústria de bebidas, além de ligações clandestinas detectadas em duas panificadoras, uma borracharia e um mercado. Como se trata de crime previsto no código penal, houve o acionamento da Polícia Militar e da Polícia Técnico-Científica (Politec). Cinco proprietários foram presos em flagrante, sendo quatro indiciados por furto de energia e um autuado por estelionato, devido à complexidade da fraude em seu estabelecimento.
Em 2024, a Energisa já realizou 125 mil inspeções, nas quais foram encontradas 40 mil irregularidades, resultando na recuperação de 70 GWh (gigawatts-hora) de energia – o equivalente ao consumo de mais de 280 mil residências.
Cleyton Dias, coordenador de Planejamento da Energisa, alerta sobre os riscos dessas irregularidades. "O furto de energia coloca vidas em risco, pois as ligações clandestinas podem causar acidentes graves, como choques elétricos. Apenas equipes especializadas da distribuidora têm autorização para realizar intervenções na rede elétrica", ressalta Cleyton.
Além dos riscos à segurança, o coordenador destaca os prejuízos financeiros gerados pelo furto de energia para o estado e a sociedade. Estima-se que Rondônia deixe de arrecadar cerca de R$ 130 milhões em ICMS anualmente, valor que poderia ser investido em setores essenciais como saúde e educação.
Outro impacto importante recai sobre os consumidores que estão em conformidade com a lei. "A prática criminosa afeta a qualidade do fornecimento de energia, pois a rede é projetada para atender apenas os consumidores regulares", completa Cleyton.
É fundamental lembrar que o furto de energia é crime, com penas de um a quatro anos de reclusão, além de multa. A população pode ajudar a combater essa prática criminosa denunciando de forma anônima pelo telefone 190 da Polícia Militar ou pelo número 0800 647 0120 da Energisa.