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Protesto contra demissões fecha agência do Itaú em Porto Velho
Quarta-feira, 16 Abril de 2014 - 11:33 | Assessoria
![Protesto contra demissões fecha agência do Itaú em Porto Velho](https://cdn1.rondoniagora.com/uploads/noticias/2014/04/16/582f69fc9b04d.jpg)
O manifesto fez parte do dia de luta promovido por todos os sindicatos do Centro/Norte do Brasil e o objetivo principal é levar a conhecimento público a nefasta política de demissões instituída pelo Itaú desde sua fusão com o extinto Unibanco, em 2008.
De lá para cá mais de 20 mil pais e mães de famílias já foram demitidos por este que é o banco que, nos últimos anos, mais lucra no país, explicou José Toscano, diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e funcionário do banco.
Para o dirigente o Itaú, além de não fazer nada para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, ainda desvaloriza e maltrata seus funcionários, especialmente os que têm mais de 10 anos de carreira na instituição financeira.
Estes são o maior alvo do banco, pois eles são demitidos e substituídos por funcionários novos que ganham a metade do salário destes desligados para fazer o mesmo serviço. Além do mais o Itaú impõe metas inatingíveis e, assim, promove a pressão, o assédio moral e, consequentemente, o adoecimento dos trabalhadores. Não é a toa que o banco vem sendo derrotado em vários Estados em ações judiciais de assédio moral e dano coletivo, acrescentou Toscano.
Para o presidente do SEEB-RO, José Pinheiro, o Itaú anda na contramão da economia brasileira e do seu próprio desenvolvimento, já que, por ser o banco que mais lucra, continua demitindo. Somente em 2013 foram 2.734 funcionários demitidos no país e a consequência disso é o aumento das filas e a demora no atendimento.
O Itaú não se importa com os funcionários e muito menos com os clientes e usuários pois, mesmo com lucros recordes, não contrata e ainda demite, o que compromete ainda mais o atendimento ao público que já é precário. Para piorar o banco ainda quer retirar as portas giratórias o que é obrigatório em lei - e até os vigilantes das agências, colocando em risco a segurança de trabalhadores, clientes e funcionários, dispara Pinheiro, que acrescenta ainda que, mesmo com o lucro estratosférico o Itaú não dá sua contrapartida social. O banco poderia estar promovendo campanhas de doações ou até mesmo doando parte desse lucro para as centenas de famílias desabrigadas pelas enchentes no Estado, mas isso é utopia, conclui o presidente.