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Quando o vilão se transforma em herói - Por Daniel Oliveira da Paixão

Quinta-feira, 23 Outubro de 2014 - 10:05 | Daniel Oliveira da Paixão


Quando o vilão se transforma em herói - Por Daniel Oliveira da Paixão

"Nós, cidadãos de bem, que conhecemos o labor e o trabalho digno dos membros da ASSDACO, devemos nos mobilizar para que, pelo menos, o câncer da injustiça seja debelado e os verdadeiros heróis não assumam o caminho inverso e se transformem em vilões".



Vivemos em um país onde o vilão muitas vezes se transforma em herói. Coisas da Política. Fico desapontado com certos episódios que ocorrem em Cacoal. A violação à ordem jurídica e aos preceitos constitucionais parece valer a pena quando o caos se instala por incompetência de quem foi eleito para atender às legítimas demandas da sociedade.

Algumas pessoas entenderão essa postagem. Outras não. Alguns tem olhos de lince; enxergam longe. Outros vêem apenas o que querem ver. O fato é que Cacoal está vivendo momentos de turbulência. Mas, no fim, tudo se ajeita. A política é cíclica. O importante é que o interesse público seja respeitado. Eu, pessoalmente, preferiria que as leis fossem respeitadas. Mas eu compreendo que, em certas circunstâncias, atos de desrespeito às leis são tão graves que uma ação judicial baseada apenas na legalidade seria incapaz de resolver a balbúrdia e os danos que tal ato causou à sociedade.

Em circunstâncias assim, atenuar tais efeitos requer do Judiciário e das partes envolvidas muito bom senso e ponderações. Às vezes, deliberadamente, quem infringe a lei é hábil o bastante para criar todo um ambiente capaz de produzir os fins a que se propõe, mesmo que a via utilizada não tenha sido o bom caminho da ética, da moralidade e do respeito às leis.
Fazer o que, não é?

A síntese de tudo é: cada dia mais me convenço de que, apesar de todos os apelos de nossa consciência para que exerçamos a nossa cidadania e procuremos influir por um mundo melhor e mais justo, tem hora que dá vontade de cruzar os braços e ficar apenas como expectador dos gladiadores da política.
O certo é que, ao contrário dos horrores de Roma antiga, os gladiadores políticos não lutam até á morte, mas quando percebem que podem perder tudo, sabem compor com os vencedores e também conseguem salvar o seu quinhão. Vez ou outra, tais combatentes fazem uma pausa para se divertir com a ingenuidade da plateia. O ponto em comum com as arenas da Idade Média é que o povo, tanto daquela época como o de hoje, tem a sensação de divertimento por algumas horas e depois volta à sua triste realidade de viver em um mundo governado pela lei do mais forte.

OBS.: Sim, essa postagem tem a ver com a Invasão do HSDC e com o desenrolar dos fatos, ainda em curso.

Nós, cidadãos de bem, que conhecemos o labor e o trabalho digno dos membros da ASSDACO, devemos nos mobilizar para que, pelo menos, o câncer da injustiça seja debelado e os verdadeiros heróis não assumam o caminho inverso e se transformem em vilões.

O povo de Cacoal não pode cometer a injustiça de aplaudir os ofensores e crucificar aos que se dedicaram a fazer o bem, apesar da oposição tenaz daqueles cujos cujos maiores interesses, a julgar pelas ações tomadas, seria apenas satisfazer ao ego e ao seu anseio pelo culto "à personalidade".

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