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Quanto vale um Professor? - Por Ruzel Costa

Quinta-feira, 15 Outubro de 2015 - 08:22 | Professor Ruzel Costa, Escola Madeira-Mamoré, Colégio Objetivo, Faculdade Faro em Porto Velho


VALE O DESENVOLVIMENTO O DE UMA NAÇÃO!

A profissão que deveria ser a mais valorizada e respeitada  do país, pois sem o professor como existiriam outros profissionais, como os  médicos, advogados, juízes, economistas, enfermeiros, engenheiros, professores, e tantos outros? Todos tiveram grandes mestres.

 Quem não se lembra de seus professores?

Mas, parece que nossa “Pátria Educadora” não deu e nem está dando muita importância à Educação!

Vale apenas relembrar que em determinado momento da história brasileira o Imperador  Dom Pedro II teria proferido “Se não fosse imperador, desejaria ser professor...”. e o escritor  Monteiro Lobato argumentou  "Um país se faz com homens e livros".

Vejamos o exemplo:

O Japão no passado, já foi um país feudal, e se tornou grande potência tecnológica do mundo graças a Era Meiji e à Educação.

No país a profissão é muito respeitada, e para os japoneses o professor é chamado de Sensei, ou mestre, considerado o sábio, o centrado e orientador das crianças. O Japão tem a exata noção de que o futuro do país depende das crianças, por isso a Educação é muito valorizada, rigorosa e disciplinada. Os professores são bem remunerados, por isso é um país desenvolvido.

E o Brasil?                                                                                                          

Um pouco da História


Segundo a Fundação Getúlio Vargas, resultados de pesquisa realizada, traz dados concretos e preocupantes, pois apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no ensino superior as graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesqui- sados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada, com rotina des- gastante, além da crescente violência nos estabelecimentos de ensino. A situação não melhorou.

 Temos o que comemorar?

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, usando das atribuições que lhe confere o item I do artigo 87 da Constituição Federal, Decreta:

Art. 1º O dia 15 de outubro, dedicado ao Professor fica declarado feriado escolar.

Art. 2º O Ministro da Educação e Cultura, através de seus órgãos competentes, promoverá anualmente concursos alusivos à data e à pessoa do professor.

Brasília, 14 de outubro de 1963; 142º da Independência do Brasil; 75º da República.

João Goulart

 

Uma carreira pouco procurada por falta de salários justos.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, resultados de pesquisa realizada, traz dados concretos e preocupantes, pois apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no ensino superior as graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesqui- sados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada, com rotina des- gastante, além da crescente violência nos estabelecimentos de ensino. A situação não melhorou.

 Temos o que comemorar?

Certo dia conversando com um colega professor me confidenciou que tinha vergonha da profissão, vergonha de ser Professor. Caro professor vergonha do quê? Pois os verdadeiros Heróis desse país não sãos jogadores de futebol, não são os pilotos de corrida, os lutadores de MMA, UFC, somos nós professores - educadores que formamos todos profissionais que estão ou que vão atuar.

Apesar de todas as situações desagradáveis, temos sim, o que comemorar, mas não pelos baixos salários, pela falta de uma política de valorização profissional, pela pouca participação da família na vida escolar do estudante, pois o professor não tem responsabilidade pela falta de educação que o aluno trás,  pela carga horária exaustiva e que obriga muitas vezes o profissional a ministrar disciplinas na qual não é habilitado somente para cumprir sua “carga horária” e da crescente violência dentro das escolas.

Precisamos de qualidade não de  quantidade no ensino.

Mas, vamos comemorar a formação dada a tantos e tantos que estão hoje no mercado de trabalho, por aqueles que saíram de uma condição desfavorável e hoje tem uma formação e principalmente por aqueles que buscam novas perspectivas e comemorar pela qualidade de vida dada a muitos.  

Comemorar, agradecer, parabenizar aos Professores da Educação Fundamental em especial as Professoras da Educação Infantil a base de tudo, aos Professores do Ensino Médio, aos Professores do Ensino Superior e aos Professores do Sistema Prisional que além de ensinar exercem um papel social e aos Acadêmicos dos cursos de Licenciatura.

 Professor segundo comentário do jornalista da Rede Globo Alexandre Garcia – Jornal Bom Dia Brasil Edição do dia 08/2014.

“Professor é dom; uma vocação. 'A pessoa nasce professor e não tem que se envergonhar, a não ser com o salário', disse: Você sabe quanto ganha um professor do ensino médio com curso superior completo e até pós-graduação? Em uma cidade pertinho de Brasília, acredite: pouco mais de um salário mínimo. O salário é menor até do que o piso nacional! Para uma profissão que deveria ser extremamente valorizada. O prefeito, os vereadores, que oferecem pouco ao professor, talvez não tenham tido professores dedicados. Pagam abaixo do mínimo porque não podem pagar pior para o setor mais importante do município, que é o ensino. Que deveria ter o maior salário. O vereador pode até fazer leis, mas não faz um país com saber, com conhecimento, com futuro. Isso é o professor que faz. O professor é o construtor do país, do futuro, precisa de salário que lhe dê tranquilidade para viver e lecionar preparado, para que possa se vestir dignamente, à altura da nobreza da profissão. Aliás, qual seria a mais nobre das profissões? A do advogado, que não deixa o inocente ser condenado? A do engenheiro, que não deixa o viaduto cair? A do médico, que não deixa o paciente morrer? Ou a do professor, que não deixa definhar o futuro? Professor é mais que vereador, que prefeito, que não lhe pagam, porque nem é profissão, é missão.”

Ser professor é um cargo muito especial, pois trata-se de um profissional que se dedica a transmitir o conhecimento, e transmitindo o conhecimento permite que novos cidadãos sejam formados, garantindo o progresso de uma nação.

 Para a brilhante discente do Ensino Médio  Amanda Beatriz de Souza Lube, estudante do Ensino Médio.

 “ Infelizmente, no Brasil, esta profissão não tem o devido reconhecimento e respeito, fato comprovado com a baixa remuneração, levando muitas vezes, como consequência, à jornada exaustiva (de até três turnos por dia) para o complemento da renda; além das revoltantes situações de desacatos (físicos e verbais) sofridos, o que impede que muitos professores sintam-se seguros no próprio ambiente de trabalho. 

 Existem ainda outros problemas, que não acabarão tão cedo, mas é importante que desde já, se tenha em mente que o avanço de uma sociedade, só pode ser garantido a partir de uma Educação de qualidade, esta proporcionada por um bom professor. Entretanto quando não há respeito e valorização, lecionar torna-se uma tarefa árdua e muitas vezes questionável se realmente vale a pena. Todas as pessoas sonham, mas poucas percebem que a maioria dos seus sonhos dependem de um professor, muitos preferem acreditar que este não passa de um "falador chato" que só atrapalha suas vidas. No entanto, o verdadeiro professor é aquele que incentiva, abre portas, sempre procura ver e despertar o melhor de cada aluno seu e, acima de tudo, é aquele que INSPIRA”. 

 Ser professora bilíngue (Libras/Português) de alunos Surdos no Ensino Fundamental – Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia Neide Alexandre do Nascimento.

“Não tenho como esconder minha paixão pela educação de surdos, pois ela está inseparável da minha vida, sou irmã e cunhada de surdos. Aprendi Libras na convivência com meu irmão e a Comunidade Surda de Porto Velho, busquei formação específica para trabalhar nessa área e profissionalmente tenho uma longa carreira que se iniciou na Escola Estadual Abnael Machado de Lima, mais conhecida como CENE, onde atuo há mais de dez anos como professora de Libras /Português na educação de surdos.

Ser professora bilíngue de alunos surdos significa ser proficiente no uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução, conhecer a cultura, as identidades surdas,  os aspectos pedagógicos diferenciados e o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua, tomando como base a Libras.

Essa área apresenta desafios inquietantes, tais como conhecimentos específicos de ambas as línguas e culturas. Durante anos ministrei aulas em diferentes turmas, posso dizer que a minha experiência enquanto professora bilíngue foi bastante rica e positiva. A minha primeira turma no Ensino Fundamental era composta por oito alunos surdos de grau profundo, foi a partir dessa experiência profissional que comecei minhas primeiras pesquisas e analises sobre a estrutura da língua de sinais e o processo de aquisição de crianças surdas filhas de pais ouvintes. Esta caminhada, também abriu as portas para atuar em outras áreas como intérprete tradutora de Libras/Português, professora de Libras na educação superior e coordenadora de cursos de pós-graduação em Libras. 

A profissão de professora bilíngue me levou a conhecer  o Instituto Nacional de Educação de Surdos, escolas bilíngues para surdos de outros estados, grandes teóricos como Drª Ronice Müller de Quadros, Drª Sandra Patrícia do Nascimento, Drª Nídia Sá, Tânia Felipe,  Neivaldo Zovico, Rimar e Soeli Ramalho e muitos outros. Participei de vários eventos nessa área como palestrante e participante.

Ser professora de Surdos é está pronto para as mudanças, é refletir sobre sua prática e isso significa uma tomada contínua de consciência face à pedagogia dos Surdos, o que implica respeitar a identidade linguística e cultural dessa comunidade”

 Cuidados com a Voz – colaboração da Professora, fonoaudióloga, Coordenadora do Curso de Fonoaudiologia, mestre e doutoranda Viviane Castro de Araújo, Marcos Grutzmacher e Lidiane Tavares Pereira Batista, fonoaudiólogos e professores do Ensino Superior.

 Preparando-se para ter uma boa voz durante as aulas:

*Adequar a voz ao ambiente em que será projetada, controlando o volume, *Porta fechada reduz a concorrência entre os ruídos ambientais e a voz, *Evite falar na presença de ruídos externos não controláveis, como aceleração de caminhões, sirenes de ambulância, etc, *Dispor os alunos de uma forma mais agrupada pode facilitar a projeção da voz, *Use microfones quando as salas forem muito grandes e com muitos alunos, *Evite dar os últimos avisos no momento da saída dos alunos, pois eles não estarão atentos ao que é dito, e o ruído de guardar material vai competir com a sua voz, *Mantenha na sala de aula uma garrafa com água e beba alguns goles sempre que possível, *Evite fumar ou ficar perto de fumantes no intervalo das aulas, *Intercale aulas expositivas com atividades de menor uso vocal, *Aulas bem planejadas são mais fáceis de ser transmitidas, *Sempre que possível lance mão de recursos didáticos que tornem a aula mais dinâmica e com menor abuso vocal, *Fale em intensidade moderada e num tom confortável para não provocar irritação nos alunos. Estabeleça algum sinal como bater palmas ou objetos para silenciar a sala de aula, *Articule com precisão as palavras, mas sem exagero, *Boa articulação promove boa compreensão da mensagem e diminui o esforço das pregas vocais, *Use o intervalo entre as aulas como repouso vocal, e não para abuso vocal em conversas ruidosas na sala de professores, *Entonações de voz mais ricas fortalecem o conteúdo da mensagem e diminuem a probabilidade de fadiga vocal.

 Parabéns aos verdadeiros heróis dessa Nação! O que seria o Brasil sem nós Professores? 

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