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Quase 30% dos detentos de Rondônia estão presos por tráfico de drogas, diz procurador-geral de Justiça

Terça-feira, 16 Maio de 2017 - 15:26 | da Assessoria


Quase 30% dos detentos de Rondônia estão presos por tráfico de drogas, diz procurador-geral de Justiça

Em Rondônia, quase 30% dos detentos estão presos por tráfico de drogas, informou o Procurador-Geral de Justiça, Airton Pedro Marin Filho, durante o I Congresso em Dependências Patológicas de Rondônia, promovido pela Casa Família Rosetta, nesta terça e quarta-feira (16 e 17/05), em Porto Velho, com a presença de pesquisadores internacionais. Entre os convidados está o ex-consultor da Organização das Nações Unidas (ONU), Thomas Browne, que milita na área e atuou no Departamento de Estado Americano e Departamento de Justiça Americano.


Fazendo um apanhado desse momento, o Procurador-Geral lembrou que, com o encerramento de grande parte da atividade garimpeira na década de 90, instalou-se uma de crise na região, o que só acentuou a operação do tráfico de drogas, moeda utilizada para a compra de armas e ouro.

Tal cenário, segundo ressaltou o Chefe do Ministério Público, reflete na sociedade rondoniense até os dias de hoje. “Criou-se uma cultura de fornecimento e consumo de drogas”, disse, ao acrescentar que, dos 9 mil detentos do Estado, 2.441 estão presos por tráfico. Em Porto Velho, o berço do problema, de acordo com Airton Marin, o tráfico é a causa responsável pela prisão de 1.325, do universo de 4.413. “O Estado não conseguirá vencer a luta contra o tráfico de drogas sozinho. Precisa da sociedade civil organizada, de instituições como a Casa Família Rosetta, que trata o problema com o olhar do resgate, da reinserção. A função do Ministério Público é de ser este braço direito da sociedade”, afirmou.
Airton Pedro Marin Filho falou sobre os danos culturais, sociais, econômicos e ambientais, gerados pelo intenso fluxo migratório e pelo ciclo de exploração desordenada de minérios na região, destacando a deficiência dos serviços públicos ofertados em Rondônia, à época, recém-elevada à categoria de Estado. “O próprio regime de trabalho nas dragas instaladas no rio Madeira fazia com que os garimpeiros recorressem às drogas para conseguir ficar mais tempo submersos em busca de ouro”, detalhou.
Fazendo um apanhado desse momento, o Procurador-Geral lembrou que, com o encerramento de grande parte da atividade garimpeira na década de 90, instalou-se uma de crise na região, o que só acentuou a operação do tráfico de drogas, moeda utilizada para a compra de armas e ouro.

Tal cenário, segundo ressaltou o Chefe do Ministério Público, reflete na sociedade rondoniense até os dias de hoje. “Criou-se uma cultura de fornecimento e consumo de drogas”, disse, ao acrescentar que, dos 9 mil detentos do Estado, 2.441 estão presos por tráfico. Em Porto Velho, o berço do problema, de acordo com Airton Marin, o tráfico é a causa responsável pela prisão de 1.325, do universo de 4.413. “O Estado não conseguirá vencer a luta contra o tráfico de drogas sozinho. Precisa da sociedade civil organizada, de instituições como a Casa Família Rosetta, que trata o problema com o olhar do resgate, da reinserção. A função do Ministério Público é de ser este braço direito da sociedade”, afirmou.

Programação

O I Congresso em Dependências Patológicas de Rondônia teve início nesta terça-feira. Nesta quarta, último dia do evento, palestrarão o ex-consultor da Organização das Nações Unidas (ONU), Thomas Browne, presidente da Rubicon Global Enterprises. Browne trabalhou no Departamento de Estado de Americano, na Oficina de Assuntos Internacionais e de Aplicação da Lei em Matéria de Narcóticos. Foi responsável pela formulação, coordenação e implementação de estratégias e programas para a prevenção de drogas e tratamento, delinquência internacional do Departamento de Estado, além de analista do Departamento de Justiça Americano.

Também ministrarão palestras o Padre Vicenzo Sorce e o Professor Umberto Nizzoli, Fundador e supervisor científico da Casa Família Rosetta, respectivamente, entre outros convidados.

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