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Questão de estilo: Confúcio amolece e Cassolão endurece tratamento dado a presos

Sábado, 29 Outubro de 2011 - 11:15 | Dimas Ferreira



“Do materialismo ao espiritualismo é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro”.
A FRASE
“Do materialismo ao espiritualismo é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro”.
(Raul Seixas)

ESSA É ARRETADA
Piauiense de Parnaíba, terra do invocado ex-senador Mão Santa, a juíza aposentada Rosângela Cipriano (PHS), deve disputar uma vaga na Câmara de Vilhena em 2012. Dona da Faculdade da Amazônia (Fama), instituição de ensino superior que vem atraindo centenas de jovens para a cidade, a magistrada é dona de um discurso que, apesar de erudito, também mobiliza o povão. E que ninguém se engane: a vereança é apenas o primeiro passo para que a “Doutora” chegue mais adiante, já que ela não esconde sua pretensão de trocar a vida acadêmica pela política.

TÁ ANIMADO
Disposto a enfrentar a ex-esposa, Eliane da Emater (PV) nas urnas em 2012, o fiscal do Ibama, Luiz Alves, já tem até o slogan de sua campanha. Esbanjando bom humor, o servidor federal recorre ao apelido que o irritava até pouco tempo a fim de mostrar que vai adotar o estilo paz e amor. Diz o mote, que ele repete sem o antigo constrangimento: “Quer melhorar Vilhena? Então vote Luiz Cibalena”. Bem bolado...

AOS CACOS
Maior partido do Brasil, o PMDB deve repetir em Vilhena a estratégia que o consagra como agremiação à prova de derrotas: vai para todos os lados ao mesmo tempo. Aqui, há facções para todos os gostos: uma parte quer se aliar ao ex-prefeito Melki Donadon (PTB), outra já faz parte da administração Zé Rover (PP) e o que sobra também racha: metade apóia Luizinho Goebel (PV) e a outra vai de Jaime Bagattoli (PMDB).

HOMEM DO CAMPO
Falando em Melki, ele esteve na redação desta FOLHA no meio da semana e, em conversa com o colunista, ocasião em que reafirmou: só não será candidato se Deus ou a justiça impedirem. Com a pele bronzeada e calos em ambas as mãos (que mostra pra quem quiser ver), o ex-cacique disse que anda pegando no cabo da enxada enquanto espera a campanha. Em sua fazenda, que fica nos arredores da cidade, ele garante: gruda no eito de manhã e só larga quando o sol entra.

PEGOU FOGO
Ainda sobre Donadon: na última quarta-feira, 26, durante audiência na 1ª Vara Cível, ele aloprou com o promotor Paulo Lermen, que o denunciou por improbidade administrativa em virtude da aquisição de um terreno pela empresa da ex-primeira dama, Rosani Donadon. Assim na lata, diante do juiz, Melki disparou: “O doutor Paulo tem um problema pessoal comigo”. Os ânimos se acirraram, o juiz pediu calma, o promotor rebateu a acusação e o evento terminou em relativa paz.

ALÔ, ALÔ, MP!
Secretários e outros bagrões do primeiro escalão da Câmara e da Prefeitura de Vilhena têm celular à disposição, sem o incômodo de ter que quitar a conta. Os aparelhos não recebem chamadas a cobrar, mas o titular desta bagaça descobriu uma esperteza da cambada: a maioria orienta parentes e até piriguetes a darem apenas um toque, para revelar o número em que estão, retornando a ligação às custas do contribuinte. Ah, se alguém pega o extrato do que foi gasto em cada linha...

BRIGA DE FOICE
Apoiado por lideranças que vão do governador Confúcio Moura (PMDB) ao senador Ivo Cassol (PP), passando por Valter Araújo (PTB), presidente da ALE, o prefeito de Cabixi, Isael Moreira (PTB), terá sua sorte decidida neste domingo. Os eleitores da cidade vizinha voltam às urnas para manter o petebista no cargo ou para dar a cadeira ao ex-chefe de gabinete, Jorge Batista (PR). Este último é apoiado pelo prefeito afastado, Bau Barroso. O favoritismo do postulante da situação fica só na teoria, porque na prática, Bau garante que derrota todo o reforço convocado para a batalha.

MODÉSTIA À PARTE...
Este arremedo de jornalista não é de ficar cantando vantagens, mas não poderia deixar passar tal oportunidade de agradecer aos vilhenenses que o escolheram como o melhor diretor de jornal da cidade. O resultado da sondagem que apontou a preferência popular foi divulgado em jantar oferecido na quarta-feira, 26, pela Ângulo Pesquisas. Percentual atingido por este que vos escreve: incríveis 93%. A FOLHA DO SUL também foi apontado, disparado, o melhor jornal local e regional. Brigadão aí, moçada!

ESTILOS DIFERENTES
Ficou visível nos últimos dias a distância filosófica entre o governador Confúcio Moura e o senador Reditário Cassol (PP), que substitui o filho no exercício do cargo. Enquanto Confúcio quer humanizar os presídios estaduais, oferecendo cinco refeições por dia aos detentos, Cassolão prega o endurecimento do tratamento dado aos encarcerados, inclusive com o uso da chibata no lombo dos que não quiserem trabalhar.

BOTOU ORDEM
Acabou a aflição do prefeito Zé Rover, que andava cabreiro com as declarações do pecuarista Ilário Bodanese, presidente do diretório do PP em Vilhena. O dirigente, que não esconde certa antipatia pelo mandatário, ameaçava barrar seu nome na convenção e, com isso, impedi-lo de disputar a reeleição. Nesta semana, o senador Ivo Cassol, líder supremo dos progressistas, baixou por aqui e entregou o comando da sigla ao agora aliviado Rover. Ufa!!!
ACONTECEU

JAIR RAMIRES: “SE NÃO POSSO COM ELES...”

Em 1993, Oswaldo Piana era governador de Rondônia e Jair Ramires havia sido eleito, no ano anterior, para a Prefeitura de Ji-Paraná. Os dois se encontraram num festival de vôo livre realizado em Ouro Preto do Oeste, cidade administrada,a na época, pelo já falecido ex-deputado Agmar Piau, um dos mais influentes nomes do PT nos anos 90.
Ramires tinha verdadeira ojeriza por qualquer espécie de petista e, durante o evento, aproveitou para destilar veneno contra o colega da cidade vizinha. Dirigindo-se a Piana, propôs:
- Governador, se o senhor me der apoio, organizo uma competição muito melhor que essa porcaria aqui... Vou mostrar ao senhor a diferença entre uma festa petista e um evento feito por gente de bem!
O tempo passou e, hoje, Ramires mora em Porto Velho, onde é secretário de Roberto Sobrinho, principal liderança do PT no Estado. Tempos atrás, ao dar de cara com o impagável jornalista Roberto Gutierrez, editor da Folha de Rondônia, o anti-petista foi confrontado com o que pregava e sua atual situação. O velho cacique ficou meio sem graça e se viu obrigado a rever seus conceitos:
- Pois é, Roberto, as coisas mudam: esse povo do PT é bom, sério e honesto. A melhor coisa que fiz na minha vida foi trabalhar com eles.
Quem te viu, quem te vê, hein Jair?!.
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