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Rondônia deve se tornar área livre de peste suína clássica em maio
Quarta-feira, 24 Fevereiro de 2016 - 14:11 | RONDONIAGORA

Desde 2009, nós somos área livre de peste suína clássica com reconhecimento pelo (Mapa). E este ano vai ser votado, em maio, pela OIE o reconhecimento internacional, afirma Ney Carlos Dias de Azevedo, coordenador do Programa Estadual de Sanidade Suína da Idaron. Segundo ele, no Brasil apenas Santa Catarina e Rio Grande do Sul já possuem a certificação internacional, conquistada no ano passado.
Para ser reconhecido, Ney afirma que são levadas em consideração as atividades de prevenção da doença, conhecida por causa grande mortalidade entre os animais. A doença ataca os pulmões, tornando difícil a respiração, a parte traseira do animal, mas não é transmissível para os seres humanos. São várias ações que se leva em consideração para que o local seja reconhecido como área livre. Foi feito um relatório compilando os dados de atividades em cada estado. Nesta sessão da OIE, serão votados 14 estados mais o Distrito Federal.
Com a certificação, Rondônia poderá investir no aumento da criação de suínos no estado. Atualmente, são 28.340 propriedades, mas destas apenas 356 são granjas que comercializam. As outras 27.984 são criação de subsistência. E de acordo com Ney, por conta desse número para fins comercial ser baixo, Rondônia ainda precisa importar muitos animais para abastecer o mercado interno. Ainda importamos muita carne, principalmente do Mato Grosso. Mas nós temos bastante potencial de crescimento, e com essa certificação, estaremos habilitados a exportar o produto, e isso também será uma maneira de aumentar o crescimento da produção em Rondônia.
Além de não possuir grande rebanho, são cerca de 282 mil cabeças, Rondônia possui apenas um frigorífico com inspeção sanitária, que fica em Ji-Paraná.
A peste suína clássica
É uma doença de alto poder de difusão e prejuízo para a suinocultura. Assim como a febre aftosa está para o bovino, em termos econômicos, a peste suína clássica está para o suíno, diz Ney que ainda detalha que a doença quando se instala na propriedade, ela rapidamente é transmitida para os outros animais e para as propriedades vizinhas. A consequência é alta mortalidade entre os animais jovens e muitos abortos nas matrizes.