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Rondônia terá seu banco de dados de sementes crioulas

Quarta-feira, 03 Março de 2010 - 11:02 | Jeanne Machado


Rondônia terá seu banco de dados de sementes crioulas
A Articulação Rondoniense de Agroecologia (AROA) está organizando um banco de dados de sementes crioulas, inicialmente com 250 agricultores rurais da região central do estado (Ji-Paraná) e em torno de Porto Velho. A produção de sementes, denominadas “crioulas”, por não possuírem patentes, são um bem da humanidade e vem sendo passada há milhares de anos e entre membros de comunidades rurais.



Desde dezembro de 2009, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas – SBF do Ministério do Meio Ambiente - MMA, através do PNUD, celebrou um convênio com a Coocaram, para a criação desse banco de dados, que será efetivado nos próximos três meses, através da Aroa, integrada por organizações governamentais e não-governamentais como Incra, Embrapa, Mapa, Projeto Padre Ezequiel, Ceplac, Projeto Terra Sem Males, STTR, Fetagro, EFA Itapirema, Coocaram, entre outras.

Em Rondônia, ao longo dos anos de colonização do estado, as famílias de agricultores rurais vêm trocando sementes umas com as outras, com a responsabilidade de alimentar sua família e distribuir esta riqueza com quem queira partilhar. Dessa forma, uma infinidade de sementes e raízes é encontrada em nosso meio rural, que se expressa em uma variedade de milho, arroz, feijão, leguminosas (feijão de porco, mucunã preta, crotalária etc.), essências florestais, maniva de mandioca e cana de açúcar. Material genético em diversas cores, tamanhos e formas, que é um bem comum, e tem nos agricultores seu fiel depositário.

A dinâmica do trabalho, de acordo com Andreza Garcia dos Santos, analista do Incra e membro da Aroa, consiste em localizar os agricultores que produzem sua própria semente e catalogar as diversidades que ocorrem em nossa região, fortalecendo sua importância e valorizando o esforço de nossos agricultores.

Após sua conclusão, o banco de dados estará disponível a atores locais (agricultores familiares, pesquisadores, e profissionais da área), para que o processo de repasse de sementes e sua preservação continuem para outras gerações.

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