Rua Raimundo Cantuária é desbloqueada, mas Alexandre Guimarães continua interditada

Moradores do Bairro Lagoinha, na capital, decidiram no final da tarde desta quinta-feira (20) permitir que máquinas da Prefeitura desobstruíssem a Rua Raimundo Cantuária, que estava interditada deste quarta-feira, quando eles protestaram pela conclusão de obras inacabadas em vias de acesso até a Rua Alexandre Guimarães.

Desde o começo do semestre, a população do bairro vive um dilema com obras de drenagem entre as duas ruas principais da região. Enormes valas foram abertas às margens das vias para que as bocas de lobo fossem construídas e manilhas fossem colocadas ligando cada ponto.

Mas ao final da campanha do primeiro turno, quando a atual gestão perdeu a reeleição, as obras foram paralisadas, e a empresa terceirizada contratada, a Rondominas, justificou aos moradores que não recebeu o recurso para continuar trabalhando. Com a paralisação das obras e as condições em que as ruas foram deixadas, o povo partiu para o protesto e interditou as vias principais.

O secretário municipal de Obras, Ricardo Fávaro, disse nesta quarta-feira que, para minimizar o problema mandaria maquinário para encascalhar as vias prejudicas, mas adiantou que as valas ficariam abertas para a próximo prefeito, que será eleito no dia 31, quando haverá a votação de segundo turno em Porto Velho.

“Isso é uma falta de respeito, e eles ainda vão ficar recebendo salário por dois meses às nossas custas, sem fazer nada. Se não tinham capacidade de fazer e concluir, por que começaram?”, indagou a técnica de enfermagem, Eugênia Andrade. Na esquina da casa da moradora, a Rua Alameda Modelo, de modelo não tem nada. “Só se for de serviço mal feito”.

Aércio Lima, também morador, diz que já caiu no lamaçal que se forma na rua sempre que chove. “Cai, perdi um par de sandálias, e ainda quebraram a fossa da minha casa”, reclamou. “Quero ver se o prefeito vem me dar sandálias novas”, disparou o jovem.

Indignados, os moradores só permitiram a abertura da Rua Raimundo Cantuária, mas mantiveram a barreira feita com galhos e entulhos na Rua Alexandre Guimarães. “Vamos esperar. Prometeram que amanhã cedo vem com as máquinas para fazer o serviço, mas só vamos aceitar se fecharem as valas. Caso contrário, fecharemos novamente. Tanto que nem deixamos levarem o entulho. Vamos esperar até o meio-dia, se não for assim, interditamos de novo até a próxima gestão”, afirmou a dona de casa, Ilma Alves.