Geral
Ruas do Nacional e Baixa União podem ser inundadas pela cheia do Madeira em março, prevê Sipam
Segunda-feira, 04 Fevereiro de 2019 - 17:04 | da Redação
O prognóstico do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em que o Rio Madeira chegará a 17,53 metros em março, representa uma um nível acima da média normal para período e está entre as cotas que acontecem a cada 10 anos. A informação é do próprio órgão, que esclarece que o dado é uma estimativa que utiliza parâmetros meteorológicos de grande escala.
Conforme Ana Cristina Strava Corrêa, a causa da elevação do nível do rio é a mesma da enchente de 2014. “As chuvas acima da média nas bacias dos rios Beni e Mamoré. No entanto, os volumes registrados esse ano estão inferiores ao que se observou em 2014. Outro diferencial é o rio Guaporé que também recebeu volumes acima do esperado, provocando o aumento do nível registrado pela estação de Costa Marques que já se encontra acima da média desde o início de janeiro de 2019”, disse gerente substituta do Sipam.
As previsões do órgão ajudam a evitar que famílias sejam atingidas, principalmente as que vivem em áreas mais baixas, pois são as que sentem primeiro o impacto da elevação dos níveis do Rio Madeira, tanto em Porto Velho, quanto em outras comunidades ribeirinhas. “O diferencial é que o alcance das águas é menor que 2014. As áreas potencialmente afetadas estão sendo mapeadas pela Defesa Civil. No terreno, esse nível corresponde à cota de 60 metros do IBGE, que é a altura do terreno em relação do nível do mar”, esclareceu.
Apesar de não saber a totalidade de famílias que podem ser atingidas, Ana Cristina Strava destaca que, por simulação no site do Sipam-Hidro, é possível estimar que parte das ruas dos bairros Nacional e Baixa União será atingida.
Chuvas
Em Rondônia, a região Oeste, incluindo o vale do Guaporé, deve receber chuvas ligeiramente acima do normal para o próximo trimestre, conforme Boletim Climático da Amazônia, expedido na última semana pela equipe de meteorologia do Censipam. Historicamente, esses meses de fevereiro e março ainda são períodos chuvosos e, consequentemente propícios às tempestades.