Geral
Sem apoio de governistas, oposição articula CPI dos Cartões formada só por senadores
Quarta-feira, 13 Fevereiro de 2008 - 19:44 | UOL
Parlamentares da oposição se articulam para instalar a CPI dos Cartões Corporativos somente no Senado caso deputados da base aliada do governo mantenham a postura de não aderir à comissão mista proposta pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que as investigações vão sair com ou sem as assinaturas de parlamentares governistas.
"Se a Câmara entender que não deve ser CPI mista, vamos voltar a articular uma CPI no Senado. Não deixará de existir, por parte do governo, nenhuma CPI para investigar os cartões corporativos", afirmou.
A hipótese da CPI do Senado já é admitida, inclusive, por parlamentares da base aliada do governo. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) garantiu que o governo defende as investigações e, por este motivo, está disposto a retomar a discussão sobre se criar uma comissão composta somente por senadores.
"Se a Câmara entender que não deve ser CPI mista, vamos voltar a articular uma CPI no Senado. Não deixará de existir, por parte do governo, nenhuma CPI para investigar os cartões corporativos", afirmou.
Agripino considerou "estranho" o recuo dos deputados governistas à CPI Mista. Na opinião do democrata, existe "algo no ar" para que os parlamentares da base aliada não estejam falando a mesma língua na Câmara e no Senado --uma vez que Jucá diz ter o apoio do Palácio do Planalto na CPI mista proposta por Sampaio.
A Folha Online apurou que líderes governistas na Câmara ficaram irritados com a condução das negociações por Jucá, especialmente no que diz respeito ao teor do requerimento de criação da CPI redigido por Sampaio. Por este motivo, decidiram recuar no apoio à comissão.
Impasse
Os deputados e senadores discutem a instalação para investigar o uso dos cartões corporativos do governo federal desde que as primeiras denúncias de irregularidades vieram à tona, em janeiro. Sampaio deu início à coleta de assinaturas para a criação da CPI mista, mas inicialmente não teve o apoio do governo.
Para evitar que a oposição instalasse a CPI, Jucá reuniu mais de 30 assinaturas e apresentou requerimento para a criação da comissão somente no Senado. Dias depois, voltou atrás e decidiu apoiar a CPI proposta por Sampaio --desde que o tucano ampliasse o prazo de investigações para 1998, o que permite à comissão investigar as chamadas contas B do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Sampaio acatou o pedido de Jucá que, na ocasião, garantiu o apoio do governo à CPI mista --o que gerou críticas da própria oposição ao tucano.
Apesar da palavra do líder governista, na Câmara a adesão de parlamentares da base aliada à comissão mista foi pequena. Das 172 assinaturas reunidas por Sampaio para a criação da CPI, cerca de 120 são de deputados da oposição.
DEM e PSDB acusam os governistas, nos bastidores, de estarem com discurso truncado para impedir as investigações sobre o uso dos cartões corporativos.
"Se a Câmara entender que não deve ser CPI mista, vamos voltar a articular uma CPI no Senado. Não deixará de existir, por parte do governo, nenhuma CPI para investigar os cartões corporativos", afirmou.
A hipótese da CPI do Senado já é admitida, inclusive, por parlamentares da base aliada do governo. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) garantiu que o governo defende as investigações e, por este motivo, está disposto a retomar a discussão sobre se criar uma comissão composta somente por senadores.
"Se a Câmara entender que não deve ser CPI mista, vamos voltar a articular uma CPI no Senado. Não deixará de existir, por parte do governo, nenhuma CPI para investigar os cartões corporativos", afirmou.
Agripino considerou "estranho" o recuo dos deputados governistas à CPI Mista. Na opinião do democrata, existe "algo no ar" para que os parlamentares da base aliada não estejam falando a mesma língua na Câmara e no Senado --uma vez que Jucá diz ter o apoio do Palácio do Planalto na CPI mista proposta por Sampaio.
A Folha Online apurou que líderes governistas na Câmara ficaram irritados com a condução das negociações por Jucá, especialmente no que diz respeito ao teor do requerimento de criação da CPI redigido por Sampaio. Por este motivo, decidiram recuar no apoio à comissão.
Impasse
Os deputados e senadores discutem a instalação para investigar o uso dos cartões corporativos do governo federal desde que as primeiras denúncias de irregularidades vieram à tona, em janeiro. Sampaio deu início à coleta de assinaturas para a criação da CPI mista, mas inicialmente não teve o apoio do governo.
Para evitar que a oposição instalasse a CPI, Jucá reuniu mais de 30 assinaturas e apresentou requerimento para a criação da comissão somente no Senado. Dias depois, voltou atrás e decidiu apoiar a CPI proposta por Sampaio --desde que o tucano ampliasse o prazo de investigações para 1998, o que permite à comissão investigar as chamadas contas B do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Sampaio acatou o pedido de Jucá que, na ocasião, garantiu o apoio do governo à CPI mista --o que gerou críticas da própria oposição ao tucano.
Apesar da palavra do líder governista, na Câmara a adesão de parlamentares da base aliada à comissão mista foi pequena. Das 172 assinaturas reunidas por Sampaio para a criação da CPI, cerca de 120 são de deputados da oposição.
DEM e PSDB acusam os governistas, nos bastidores, de estarem com discurso truncado para impedir as investigações sobre o uso dos cartões corporativos.