Geral
Serviço de Atendimento Multidisciplinar Domiciliar é mantido com salário de servidores
Quarta-feira, 28 Novembro de 2012 - 14:19 | RONDONIAGORA
Há quase dois anos o Governo de Rondônia implantou no Estado o Serviço de Atendimento Multidisciplinar Domiciliar (SAMD), que nascia com a proposta de humanizar o atendimento aos usuários do sistema público e desafogar as unidades de saúde da Capital. O problema é que o serviço só funciona graças à persistência de um pequeno grupo de profissionais que utiliza o próprio salário para manter as necessidades básicas do SAMD e comprar equipamentos.
O foco principal da atuação do programa é melhorar e ampliar a assistência na casa dos pacientes e perto da família. O atendimento é feito por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. Estima-se que este tipo de serviço reduz em até 70% os riscos de contaminação e infecção, além dos custos com internação.
Mas enquanto os estados que implantaram este tipo de programa comemoram os avanços na gestão do sistema público de saúde, em Rondônia o projeto não deslanchou. Para se ter uma ideia, o programa tem menos recursos hoje do que quando foi inaugurado. Na época, o Corpo de Bombeiros doou duas ambulâncias e o Detran cedeu dois carros e cinco motos. Atualmente, o serviço não dispõe de nenhuma ambulância. Elas foram remanejadas para o município de Buritis e o distrito de Extrema, disse o médico Leonardo Moreira Pinto, coordenador do SAMD, .
Com um único carro à disposição, as equipes médicas chegam a utilizar o próprio carro para fazer os atendimentos. Eles também compram materiais de insumo e equipamentos para poder trabalhar. Além disso, até o combustível também foi reduzido.
Na tentativa de sair do limbo, fazer o programa funcionar como deveria e receber repasses do Ministério da Saúde, a coordenação do SAMD elaborou um projeto que já foi aprovado, por unanimidade, no Conselho Municipal de Saúde, e nesta quinta-feira, 29, passa pelo crivo do Conselho Estadual de Saúde (CES).
Caso seja aprovado, o projeto será enviado para o Ministério da Saúde para ser habilitado a receber recursos federais. Mas, conforme adiantou Raimundo Nonato, presidente do CES, o esforço dos funcionários do SAMD para manter o serviço funcionando corre o risco de ser anulado. O critério de aprovação do CES tem como base as condições estruturais dos programas, adiantou Nonato.
Se consolidada, a declaração do presidente do CES pode frustrar o projeto de independência orçamentária elaborado pela equipe do SAMD. Dependemos dessa aprovação para mudar a situação em que estamos e as condições de trabalho. Temos capacidade para atender, só não temos estrutura. Agora, se o projeto tiver que ser aprovado na medida do que a gente pode fazer hoje, fica muito complicado. Iremos morrer na praia, destacou a médica Elza Gabriela de Barros Pereira, que atua no SAMD.
O foco principal da atuação do programa é melhorar e ampliar a assistência na casa dos pacientes e perto da família. O atendimento é feito por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. Estima-se que este tipo de serviço reduz em até 70% os riscos de contaminação e infecção, além dos custos com internação.
Mas enquanto os estados que implantaram este tipo de programa comemoram os avanços na gestão do sistema público de saúde, em Rondônia o projeto não deslanchou. Para se ter uma ideia, o programa tem menos recursos hoje do que quando foi inaugurado. Na época, o Corpo de Bombeiros doou duas ambulâncias e o Detran cedeu dois carros e cinco motos. Atualmente, o serviço não dispõe de nenhuma ambulância. Elas foram remanejadas para o município de Buritis e o distrito de Extrema, disse o médico Leonardo Moreira Pinto, coordenador do SAMD, .
Com um único carro à disposição, as equipes médicas chegam a utilizar o próprio carro para fazer os atendimentos. Eles também compram materiais de insumo e equipamentos para poder trabalhar. Além disso, até o combustível também foi reduzido.
Na tentativa de sair do limbo, fazer o programa funcionar como deveria e receber repasses do Ministério da Saúde, a coordenação do SAMD elaborou um projeto que já foi aprovado, por unanimidade, no Conselho Municipal de Saúde, e nesta quinta-feira, 29, passa pelo crivo do Conselho Estadual de Saúde (CES).
Caso seja aprovado, o projeto será enviado para o Ministério da Saúde para ser habilitado a receber recursos federais. Mas, conforme adiantou Raimundo Nonato, presidente do CES, o esforço dos funcionários do SAMD para manter o serviço funcionando corre o risco de ser anulado. O critério de aprovação do CES tem como base as condições estruturais dos programas, adiantou Nonato.
Se consolidada, a declaração do presidente do CES pode frustrar o projeto de independência orçamentária elaborado pela equipe do SAMD. Dependemos dessa aprovação para mudar a situação em que estamos e as condições de trabalho. Temos capacidade para atender, só não temos estrutura. Agora, se o projeto tiver que ser aprovado na medida do que a gente pode fazer hoje, fica muito complicado. Iremos morrer na praia, destacou a médica Elza Gabriela de Barros Pereira, que atua no SAMD.