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Servidores da Eletrobras paralisam atividades por 72 horas em protesto contra a privatização
Segunda-feira, 11 Junho de 2018 - 12:58 | da Redação
Contra a privatização da Eletrobras, os trabalhadores da Ceron e Eletronorte paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (11), pelo prazo de 72 horas. A redução da taxa de energia elétrica e a saída do presidente da empresa também estão entre as reivindicações do sindicato e servidores.
Funcionário da Eletrobras há seis anos, Armindo Tarcino cruzou os braços na manhã desta segunda-feira e aderiu ao movimento contra a privatização. “Eu sou contra porque, se caso isso aconteça, nós vamos perder nosso emprego. Da forma que isso vai acontecer vai prejudicar muitos pais de família e por isso estamos aqui junto com os colegas nessa luta. Muitos servidores estudaram e fizeram o concurso para estarem aqui hoje, agora eles querem tirar isso da gente, mas não aceitamos e vamos continuar na luta”, disse o trabalhador.
Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Estado de Rondônia (Sindur), Nailor Gato, a população será a mais prejudicada com a privatização. “Quem mais vai perder é a população porque a conta de energia é muito alta e vai aumentar ainda mais e não vai poder atrasar. Nós defendemos as empresas públicas Eletronorte, Eletrobras e Ceron para que elas tenham condições como uma gestão técnica e firme para que faça um melhor serviço para a população”, destacou o presidente.
Ainda conforme o Sindur, outro ponto que a categoria reivindica é a redução do valor da conta de energia em Rondônia. “Nós sabemos das empresas que já foram privatizadas como se da à precarização do serviço de péssima qualidade. Outro ponto, é a luta é pela redução da conta de luz que estamos fazendo há muito tempo para ter uma energia pelo custo de serviço e não pelo preço internacionalizado, se não a periferia e área rural não vai ter condições de pagar como já não tem hoje”, disse Nailor.
Pressão
De acordo com o presidente do Sindur, desde quando foi anunciada ideia da privatização os trabalhadores e sindicato estão pressionando o governo federal para que isso não aconteça. “Toda semana nós estamos fazendo interlocução no Congresso Nacional, Câmara Federal e no Senado para seja mantido o serviço público e não privado. A medida provisória 814 que eles tinham caducou no dia 1º de junho por causa da nossa luta junto com os parlamentares que era de privatização da distribuidora. Em seguida eles mandaram um PL que coloca a privatização. Semana que vem nós estamos indo para Brasília para continuar pressionando o governo”, finalizou.