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Setembro Amarelo: Ajuda da família é de vital importância, diz psicóloga

Quarta-feira, 25 Setembro de 2019 - 12:03 | da Redação


Setembro Amarelo: Ajuda da família é de vital importância, diz psicóloga

O Setembro Amarelo tem como objetivo chamar a atenção para a prevenção ao suicídio em todo o país. Em algumas situações, infelizmente a tragédia acaba acontecendo. Para a psicóloga Elizangela Cavalcante, a ajuda da família é de grande importância para uma pessoa que pensa em se suicidar. Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo pode ser o primeiro e mais importante passo.

A psicóloga explica, que a pessoa que comete o suicídio não quer tirar a própria vida, e sim acabar com um sofrimento que não está conseguindo suportar. “É um momento de sofrimento extremo, um ato impetuoso e impulsivo. As estatísticas falam que aqui no Brasil 32 pessoas por dia cometem suicídio, isso quer dizer que, a cada 45 minutos, uma pessoa comete suicídio no Brasil, e no mundo inteiro a cada 40 segundos uma pessoa está se suicidando. Os trabalhos de conscientização precisam ser mais constantes, e não só em setembro”, diz Elizangela Cavalcante.

As causas do suicídio são múltiplas, segundo a psicóloga. “Muitas causas são transtornos ou distúrbios mentais, como por exemplo, transtorno depressivo, ansiedade e entre outras causas”, disse.

Elizangela Cavalcante orienta sobre as maneiras de detectar se uma pessoa está com pensamentos suicidas. “É preciso ficar atento aos comportamentos da pessoa, se vem se isolando, falando menos que o habitual, deixando de fazer algo que antes era prazeroso. Está atento no falar da pessoa, como por exemplo, “não aguento mais essa vida”, “estou cansada dessa vida”, “queria dormir eternamente”, “quero sumir”. Pessoas que andam sempre cabisbaixo, que não interagem, preferem sempre o isolamento, precisam ser observadas pelas pessoas mais próximas”, orientou a psicóloga.

Ao perceber algum tipo de mudança de comportamento em pessoas próximas, o recomendado é conversar com ela, e orientar que busque ajuda profissional como psicológica é psiquiátrica se for o caso. “Se a pessoa se recusar, se ofereça como acompanhante para que ela se sinta mais segura. Algumas pessoas, ainda tem muito preconceito em relação a procurar ajuda profissional especificamente as duas acima citadas. Mas quem aceita a ajuda sempre reconhece que fez a escolha certa”, enfatizou Elizangela Cavalcante.

A família tem um papel muito importante na prevenção e no tratamento. “Ficar sempre atenta aos sinais, evitar críticas como: “não serve pra nada”, “só presta pra dormir”, “é inútil”, e entre outras críticas, não contribuiu nenhum pouco, pelo contrário, a pessoa já tem esses pensamentos sobre si mesmo e a família ainda reforça repetidas vezes. O papel da família é apoiar, se colocar no lugar da pessoa, e dizer para a pessoa que está com ela para o que precisar”, salientou a psicóloga.

Evitar de deixar a pessoa sozinha, deixá-la à vontade, mas com olhar cuidadoso, carinhoso, ao ponto de a pessoa sentir que o outro está disponível, também ajuda a evitar que a pessoa faça algo com ela mesma. “Mas sempre dando autonomia para que ela se sinta preparada voltar a cuidar de si. Geralmente quando se tem uma pessoa com essa característica na família, quando se dão conta do diagnóstico dela, a família toda se encontra adoecida, e é exatamente nessa hora que deve haver a união, para que essa pessoa se sinta amada e querida por todos. Julgamentos e críticas não cabem nesse momento”, finalizou Elizangela Cavalcante.

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