Geral
Sindicatos e CUT são contrários ao ensino à distância proposto pelo Estado
Sábado, 05 Outubro de 2013 - 10:40 | CUT
Em seminário realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero), no município de Ji-Paraná, movimentos sociais do campo e organizações parceiras discutiram a atual situação da educação do campo no Estado de Rondônia, mas principalmente sobre a proposta do governo estadual de implantar o Projeto de Ensino Médio com Mediação Tecnológica nas escolas. O seminário foi o terceiro momento de debate sobre o tema articulado pelos movimentos para apontar diretrizes e encaminhamentos que possam contribuir para uma educação para o campo referenciada e de qualidade.
As representações ressaltaram que o campo tem um projeto de educação do campo concernente e exitoso que é a Pedagogia da Alternância, desenvolvido pelas Escolas Família Agrícola; e que mereceria maior reconhecimento e valorização do governo. Eles compreendem que oferecer um processo de formação e qualificação de professores, construir um currículo da educação do campo, projetar escolas com infraestrutura, logística e contratar educadores para as áreas estaria mais coerente com a implantação de uma educação de qualidade.
A proposta de implantar o Projeto de Mediação Tecnológica traz muita preocupação e mesmo recusa dos representantes do campo por ser fundamentada no método de ensino à distância, onde as aulas são ministradas por videoconferências. Para os representantes do campo esse método não é adequado para implementação da educação do campo, que é fundamentada principalmente na relação educador, educando e comunidade. Ainda de acordo com eles esse método padronizado de ensino continuará mantendo a educação oferecida desassociada da realidade do campo. É oferecido uma educação desvinculada da realidade social do campo, disse Matilde representante do MST. Já para o presidente da FETAGRO Fábio Menezes a educação tem que estar contextualizada com a realidade do campo e contribuir para uma transformação positiva da realidade. Os representantes do campo asseguram que o atual modelo de educação aplicado tem contribuído de forma considerável para o êxodo rural. O ensino dado induz o educando, filho de agricultor familiar, a não querer continuar no campo, afirmaram.
As representações ressaltaram que o campo tem um projeto de educação do campo concernente e exitoso que é a Pedagogia da Alternância, desenvolvido pelas Escolas Família Agrícola; e que mereceria maior reconhecimento e valorização do governo. Eles compreendem que oferecer um processo de formação e qualificação de professores, construir um currículo da educação do campo, projetar escolas com infraestrutura, logística e contratar educadores para as áreas estaria mais coerente com a implantação de uma educação de qualidade.
Destacaram que o método de ensino com mediação tecnológica além de não resolver problemas existentes, como a evasão do ensino médio, poderá agravar alguns impasses e gerar novos, a exemplo da falta de professores habilitados e qualificados. Os representantes temem pela exclusão de professores, já que o Projeto prevê ser aplicado em 102 comunidades nos 52 municípios, exigindo apenas um professor ministrante por disciplina e um professor presencial por "telesala". Pela proposta, percebemos que profissionais da educação serão excluídos. Onde ficarão esses professores? E a necessidade de valorização e capacitação dos professores? O governo tem o compromisso de valorizar essa categoria?, questionaram.
A proposta, que já foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação, foi defendida durante o seminário pela subgerente de educação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Angélica Aires. Angélica confirmou que o Projeto não foi discutido com as representações do campo, ainda que este apresenta como público alvo alunos da zona rural. A representante do estado foi enfática em informar que esta é a alternativa definida pelo governo estadual para a educação do campo, uma vez que procuram desfazer de um descaso de décadas com a educação do campo.
O presidente da Fetagro transmitiu à subgerente de educação o sentimento da categoria de indignação por este projeto ter sido construído sem ouvir as instituições, as famílias, os pais de alunos para que se possa implementar a verdadeira educação do Campo. Em relação a isso, a Articulação Estadual pela Educação do Campo tem se manifestado. Uma Nota de Repudio foi emitida no mês de Julho, logo após a realização de audiência pública para tratar do tema, para a qual os representantes do campo não foram informados e/ou convidados. No mês de agosto, em audiência de negociação do Grito da Terra Estadual, a Fetagro, a Aefaro e um grupo de trabalhadores rurais estiveram com a senhora Izabel Luz, na época secretária de educação, para discutir a proposta; mas a secretária não considerou o posicionamento da categoria.
A Articulação Estadual pela Educação do Campo tomou como encaminhamento intensificar o debate sobre a questão, participando nos espaços possíveis de diálogo. Como próximas ações, o grupo confirma que irá participar e se posicionar durante a realização da Conferência Estadual de Educação; realizará uma mobilização mais forte para impedir a implantação desse projeto; e também construirá, em parceria com a Unir, um projeto de formação de professores para ser apresentado para o governo do estado em substituição ao Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica que, segundo eles, é contraditório às diretrizes operacionais da educação do campo.
As representações ressaltaram que o campo tem um projeto de educação do campo concernente e exitoso que é a Pedagogia da Alternância, desenvolvido pelas Escolas Família Agrícola; e que mereceria maior reconhecimento e valorização do governo. Eles compreendem que oferecer um processo de formação e qualificação de professores, construir um currículo da educação do campo, projetar escolas com infraestrutura, logística e contratar educadores para as áreas estaria mais coerente com a implantação de uma educação de qualidade.
A proposta de implantar o Projeto de Mediação Tecnológica traz muita preocupação e mesmo recusa dos representantes do campo por ser fundamentada no método de ensino à distância, onde as aulas são ministradas por videoconferências. Para os representantes do campo esse método não é adequado para implementação da educação do campo, que é fundamentada principalmente na relação educador, educando e comunidade. Ainda de acordo com eles esse método padronizado de ensino continuará mantendo a educação oferecida desassociada da realidade do campo. É oferecido uma educação desvinculada da realidade social do campo, disse Matilde representante do MST. Já para o presidente da FETAGRO Fábio Menezes a educação tem que estar contextualizada com a realidade do campo e contribuir para uma transformação positiva da realidade. Os representantes do campo asseguram que o atual modelo de educação aplicado tem contribuído de forma considerável para o êxodo rural. O ensino dado induz o educando, filho de agricultor familiar, a não querer continuar no campo, afirmaram.
As representações ressaltaram que o campo tem um projeto de educação do campo concernente e exitoso que é a Pedagogia da Alternância, desenvolvido pelas Escolas Família Agrícola; e que mereceria maior reconhecimento e valorização do governo. Eles compreendem que oferecer um processo de formação e qualificação de professores, construir um currículo da educação do campo, projetar escolas com infraestrutura, logística e contratar educadores para as áreas estaria mais coerente com a implantação de uma educação de qualidade.
Destacaram que o método de ensino com mediação tecnológica além de não resolver problemas existentes, como a evasão do ensino médio, poderá agravar alguns impasses e gerar novos, a exemplo da falta de professores habilitados e qualificados. Os representantes temem pela exclusão de professores, já que o Projeto prevê ser aplicado em 102 comunidades nos 52 municípios, exigindo apenas um professor ministrante por disciplina e um professor presencial por "telesala". Pela proposta, percebemos que profissionais da educação serão excluídos. Onde ficarão esses professores? E a necessidade de valorização e capacitação dos professores? O governo tem o compromisso de valorizar essa categoria?, questionaram.
A proposta, que já foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação, foi defendida durante o seminário pela subgerente de educação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Angélica Aires. Angélica confirmou que o Projeto não foi discutido com as representações do campo, ainda que este apresenta como público alvo alunos da zona rural. A representante do estado foi enfática em informar que esta é a alternativa definida pelo governo estadual para a educação do campo, uma vez que procuram desfazer de um descaso de décadas com a educação do campo.
O presidente da Fetagro transmitiu à subgerente de educação o sentimento da categoria de indignação por este projeto ter sido construído sem ouvir as instituições, as famílias, os pais de alunos para que se possa implementar a verdadeira educação do Campo. Em relação a isso, a Articulação Estadual pela Educação do Campo tem se manifestado. Uma Nota de Repudio foi emitida no mês de Julho, logo após a realização de audiência pública para tratar do tema, para a qual os representantes do campo não foram informados e/ou convidados. No mês de agosto, em audiência de negociação do Grito da Terra Estadual, a Fetagro, a Aefaro e um grupo de trabalhadores rurais estiveram com a senhora Izabel Luz, na época secretária de educação, para discutir a proposta; mas a secretária não considerou o posicionamento da categoria.
A Articulação Estadual pela Educação do Campo tomou como encaminhamento intensificar o debate sobre a questão, participando nos espaços possíveis de diálogo. Como próximas ações, o grupo confirma que irá participar e se posicionar durante a realização da Conferência Estadual de Educação; realizará uma mobilização mais forte para impedir a implantação desse projeto; e também construirá, em parceria com a Unir, um projeto de formação de professores para ser apresentado para o governo do estado em substituição ao Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica que, segundo eles, é contraditório às diretrizes operacionais da educação do campo.