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TJRO nega recurso a policiais militares envolvidos com tráfico
Sexta-feira, 22 Janeiro de 2016 - 14:34 | TJ-RO

Segundo consta na denúncia, um informante da polícia marcava a compra de drogas com traficantes e comunicava o local, dia e horário aos policiais. Quando chegavam ao lugar combinado, os policiais extorquiam os traficantes, e, em troca de dinheiro, acobertavam a venda de entorpecentes. Parte da droga apreendida era entregue gratuitamente para o tal informante e a outra ficava com os policiais. Todo o esquema foi registrado mediante interceptação telefônica e escuta ambiental das viaturas.
Os três policiais pediram absolvição pelos crimes, mas para a Justiça, diante das provas, não restou dúvida da participação dos policiais na organização criminosa. O crime de associação para o tráfico necessita de um vínculo associativo permanente e estável de duas ou mais pessoas com o objetivo de praticar reiteradamente os crimes previstos no artigo 33, caput, 1º e 34, da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/06).
Também foi mantida a condenação de duas mulheres que guardavam, em sua residência, a droga apreendida durante a investigação policial no cumprimento de mandado de busca e apreensão. Os policiais foram condenados mesmo não tendo sido encontrado drogas com eles, conforme a Jurisprudência.
Com o recurso negado pela 2ª Câmara Criminal, as penas proferidas pelo juízo de 1º grau foram mantidas. A fixação da pena é regulada por princípios e regras constitucionais e legais previstos na Constituição Federal, Código Penal e Código de Processo Penal. A aplicação da pena deverá ser analisada de forma individualizada de acordo com a conduta do agente.
Dois policiais foram condenados à pena de 9 anos de reclusão em regime fechado e multa de mais de 30 mil reais, e um foi condenado a 4 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, e ao pagamento de multa.
Já as mulheres receberam condenações de 5 a 6 anos de prisão e multa. O informante teve a reforma parcial da sentença. Foi condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto e multa.
O nome da operação, NaCIO, é uma alusão à fórmula química com função branqueadora utilizada em produtos de limpeza.
Processo n. 0014681-50.2014.8.22.0501
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