Treinamento do Sipam auxilia fiscalização em terras indígenas

Sinal dos novos tempos, hoje a utilização de dados geográficos digitais já é realidade e pode trazer melhorias até mesmo às terras indígenas de Rondônia. Pelo menos, foi com essa intenção que oito funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dois estudantes da Universidade Federal de Rondônia (Unir) participaram de uma semana de treinamento no Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Porto Velho. “Hoje todo mundo tem a obrigação de trabalhar com o computador e quando sentimos falta de alguma capacitação para isso, é ótimo poder contar com parcerias, como a do Sipam”, diz Francisco Fernandes Cardoso, chefe de posto da Funai em Guajará-Mirim.

No curso, a turma aprendeu a lidar com os programas (softwares) Terraview e TerraSig que, segundo Ernesto da Silva Filho, analista do Sipam responsável pelo treinamento, podem ser utilizados desde o planejamento até para impressão de mapas para uso em missões. “O banco de dados traz a localização de aldeias, rodovias, rios, entre outros, que, colocados sobre imagens de satélite, são ótimas ferramentas para o trabalho da Funai”, explica Ernesto. Além de receber as informações que já constam no banco de dados do Sipam, os funcionários da Funai poderão fazer atualizações e passar para o computador aquilo que já têm no papel.

Ainda sob impacto da novidade, o administrador Paulo Tobias afirmou que irá exercitar o uso da ferramenta, mas já vê futuras aplicações práticas. “Com certeza será de grande valia para a fiscalização”, relata.
Além das informações geográficas, o Sipam já tem parceria com a Funai para viabilizar a comunicação com as terras indígenas. Somente em Rondônia, o Sipam mantém mais de dez terminais de comunicação por voz via satélite, conhecidos como VSAT, em aldeias. Tecnologia que tira as etnias do isolamento, permitindo contato com qualquer número de telefone.