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Universidade Federal de Rondônia pede apoio do governo estadual para construção de hospital universitário

Quinta-feira, 28 Janeiro de 2016 - 12:07 | Secom


A reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Berenice Tourinho, iniciou hoje (28) tratativas com o governo estadual, a fim de liberar o terreno de 50 mil metros quadrados próximo à BR-364 e do campus, a oito quilômetros do centro de Porto Velho, onde será construído o Hospital Universitário.



“Se houver esse alinhamento, a planta e o processo evoluirão em tempo hábil”, disse a reitora Berenice Tourinho.

O prédio terá clínicas especializadas – ortopedia, obstetrícia, pediatria, unidade de terapia intensiva, laboratórios e outras alas. Segundo Berenice Tourinho, a Unir não tem como alugar ou comprar o terreno, mas está condições de recebê-lo.

Ao vice-governador Daniel Pereira, a reitora também propôs a facilitação do acesso ao local das futuras obras. A desoneração do custo do transporte coletivo e o projeto para a conservação de uma nascente d’água , por exemplo.

Dos 350 leitos, pelo menos 150 deverão funcionar até 2018, antes da conclusão das obras físicas, inicialmente avaliadas em R$ 136 milhões. Os recursos sairão dos ministérios da Saúde e de Educação.

Daniel Pereira lembrou que já existe acesso rodoviário da área a ser edificada à rodovia BR-364 e já é possível projetar o crescimento daquela região a curto e médio prazos. “Prioridade a gente dá”, observou.

O gerente do Serviço de Patrimônio da União (SPU), Antonio Roberto dos Santos Ferreira, anunciou a retomada do terreno do antigo aeroclube para liberar a área a ser edificada. O aeroclube receberá outra.

O HU será administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, estatal que se responsabiliza pela licitação, concurso público, seleção de pessoal, pagamentos e relações interinstitucionais. No País, 37 hospitais universitários estão sob sua gestão.

PESQUISA

“O HU nasce como hospital de ensino e sua característica é a formação e a pesquisa; ele é mais um salto positivo do ponto de vista do atendimento de alta complexidade e muito contribuirá para a pesquisa científica em Rondônia”, comentou a professora doutora Ana Lúcia Escobar, chefe do Departamento de Medicina da Unir.

Ana Lúcia analisou os critérios para o fluxo de pessoas no futuro hospital, lembrando que o fluxo do Hospital de Base Ary Pinheiro já ultrapassa diariamente mais de 2,5 mil pessoas. O Hospital Pronto-Socorro João Paulo II [Bairro da Floresta] vive situação semelhante, pois recebe também pacientes dos demais municípios.

“Isso onera os custos que são bancados pelo Estado. Nos dois últimos anos do curso, alunos ocupam todas as unidades de saúde”, disse.

EVITAR O ÊXODO

Residentes da Capital e do interior de Rondônia deverão ter à disposição um restaurante e um grande alojamento. Universitários de medicina terão pensão completa. Alunos de medicina na Unir passarão a prestar estágio e internato no HU. Atualmente, eles frequentam a rede estadual de saúde.

Berenice Tourinho alertou que a falta de estrutura compromete tanto a Unir quanto as instituições privadas de ensino. Segundo ela, em ambas ocorre perda de futuros especialistas para outras cidades, quando eles poderiam permanecer em Porto Velho.

A reitora está animada com a classificação da Unir no ranking nacional: na escala de 5, os cursos de medicina e enfermagem obtiveram notas 4. Mas ainda não conseguiu abrir o curso de farmácia. A Unir abriu mais 50 vagas de medicina. Rondoniagora.com

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