Geral
Urbanista palestra sobre gestão urbana e territorial
Sexta-feira, 24 Abril de 2015 - 17:49 | FIERO
Historicamente, toda e qualquer cidade é considerada um produto artificial, e inacabado, concebido por mãos humanas e cuja dinâmica se mostra heterogênea e contraditória. A cidade é um ser social definido por fragmentos espaciais simultaneamente articulados socialmente e fisicamente. A cidade contemporânea é global e voltada para diferentes demandas e padrões de consumo. Mas, também da espetacularização e da financeirização.
Com essas considerações, o professor doutor em urbanismo, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, apresentou palestra no auditório da casa da Indústria, na noite desta quinta-feira, 23, como sequência do projeto O Futuro da Minha Cidade, encabeçado pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero).
A palestra é a sequência das ações do projeto O Futuro da Minha Cidade, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Sinduscon/PVH, Sinduscon/RO e a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero). Com a palestra desta quinta-feira, iniciou-se a 1ª Conferência Temática sobre Planejamento Urbano e Gestão Territorial
O presidente do Sistema Fiero, Marcelo Thomé abriu os trabalhos assegurando que as capitais brasileiras precisam ser requalificadas e este evento será um multiplicador de novas ideias e soluções para a melhoria de Porto Velho. O objetivo deste encontro, além de dar continuidade à implantação do Conselho Desenvolvimento Sustentável de Porto Velho - que conta com a participação de dez entidades, é, mais uma vez, abrir discussão sobre o futuro da nossa cidade. Para isso foi convidado o professor-doutor Humberto Kzure, profissional com de 25 anos de experiência nas questões urbanas com inúmeros projetos implantados no Brasil e fora do país disse.
De acordo com Thomé, a sensibilização da sociedade organizada é fundamental e a população está respondendo de forma positiva a este projeto, pois o número de pessoas engajadas aumenta a cada reunião e a sociedade portovelhense percebeu que cabe a ela decidir o futuro da cidade. O professor Humberto Kzure apresentou uma visão instigante, ampliando positivamente a discussão acerca do pensar soluções inovadoras e adequadas para a nossa realidade. São ideias sustentáveis e renováveis, social, ecológica e econômica para a nossa cidade. Vamos sair deste evento com mais e melhores ideias.
Projeto para 20 anos
Compondo a mesa de honra, o presidente do Sinduscon/PVH, Maurílio Vasconcelos lembrou que o embrião do projeto O Futuro da Minha Cidade surgiu em Maringá, quando a sociedade civil, de forma organizada e participativa, planejou o que queria para sua cidade para os próximos 20 ou 30 anos. A CBIC encampou o projeto e escolheu cinco capitais brasileiras, entre elas, Porto Velho, para multiplicar a ideia.
Passamos do primeiro estágio de apresentação e de convencimento e hoje avançamos para a fase da mobilização, para formar um conselho de sustentabilidade com a participação de todos os segmentos. Vamos discutir Porto Velho para daqui a 20 anos e todos os gestores que virão neste período, devem assumir o compromisso com este projeto gestado pelos anseios da população, disse.
Já o presidente do Sinduscon/RO, Emerson Fídel, ressaltou que o desenvolvimento de Porto Velho é um anseio de toda a sociedade. Este auditório da Casa da Indústria lotado prova o quanto as pessoas estão interessadas e motivadas. Quando a sociedade se mobiliza as mudanças acontecem. Este é um evento que se significa um marco para a história da Fiero e de Rondônia finalizou.
Presente ao encontro, o vice-governador Daniel Pereira disse acreditar neste modelo de organização sempre voltado para o interesse coletivo. Ele garantiu que todas as ações efetivas para melhorar a qualidade de vida de Rondônia terão a parceria do governo estadual.
Importância estratégica
O palestrante intitulou sua apresentação de Porto Velho, Uma Cidade para o Século XXI, e destacou que Rondônia tem importância estratégica para o país. Kzure afirmou que não veio para trazer soluções para a cidade, mas, trazer algumas considerações que possam facilitar ou contribuir para a continuidade dos trabalhos em desenvolvimento.
O urbanista Humberto Kzure defende a ideia de que as cidades brasileiras precisam ser repensadas para uma perspectiva de melhor condição da habitabilidade humana. Ao mesmo tempo, segundo ele, os administradores devem pensar as possibilidades concretas de termos construções urbanas mais elaboradas, de acordo com a perspectiva do futuro, assegurando melhores patamares de desenvolvimento econômico.
O ponta pé inicial para repensar a cidade, segundo o urbanista da UFRRJ, é fazer com que a discussão urbana seja de fato inserida no cotidiano do cidadão brasileiro, comentou.
Segundo o especialista, para pensar a cidade sob a perspectiva da sustentabilidade, parte de três eixos possíveis para o Espaço Urbano Contemporâneo Sustentável: A cidade atrativa; a competitiva; e a inteligente. Para que estes eixos funcionem são necessárias atividades econômicas diversificadas quanto à produção industrial e a dinamização do comércio e serviços; qualidade ambiental e sentido social; ampliação e modernização da infraestrutura urbana; instrumentos de regulação; e modernizados para a eficiência na gestão pública territorial explicou.
Kzure explicou também que o planejamento urbano requer definição clara das escalas de intervenção e estratégias de ação e gestão territorial; definição de ações a curto, médio e longo prazo; implementação de ações emergenciais e elaboração de projetos físico-espaciais sob a perspectiva sustentável. E isso, segundo o palestrante, exige ações de acessibilidade e mobilidade urbana; ampliação de equipamentos de uso coletivo; expansão de espaços públicos e culturais; eficiência energética; uso e reuso adequado da água; tratamento adequado dos resíduos; educação ambiental; segurança pública qualificada e humanizada. A cidade é construída cotidianamente pelo confronto de ideias e pela formação de parcerias entre esferas políticas, econômicas e socioculturais e ambientais, pontuou.
O encontro desta quinta-feira (23 de abril) no salão de convenções da Casa da Indústria contou com a presença de empresários, lideranças políticas e sindicais, professores e acadêmicos do curso de arquitetura. Todos com o mesmo interesse: planejar Porto Velho para os próximos 20 anos. O secretário Municipal de Planejamento Jorge Elarrat, representando o prefeito Mauro Nazif, o vice-governador Daniel Pereira, o prefeito de Castanheira, Cláudio Martins de Oliveira, representando a Associação Rondoniense dos Municípios também prestigiaram o evento.
Na sequência da apresentação, a FIERO abriu espaço para questionamentos e a participação do público foi intensa.
Com essas considerações, o professor doutor em urbanismo, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, apresentou palestra no auditório da casa da Indústria, na noite desta quinta-feira, 23, como sequência do projeto O Futuro da Minha Cidade, encabeçado pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero).
A palestra é a sequência das ações do projeto O Futuro da Minha Cidade, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Sinduscon/PVH, Sinduscon/RO e a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero). Com a palestra desta quinta-feira, iniciou-se a 1ª Conferência Temática sobre Planejamento Urbano e Gestão Territorial
O presidente do Sistema Fiero, Marcelo Thomé abriu os trabalhos assegurando que as capitais brasileiras precisam ser requalificadas e este evento será um multiplicador de novas ideias e soluções para a melhoria de Porto Velho. O objetivo deste encontro, além de dar continuidade à implantação do Conselho Desenvolvimento Sustentável de Porto Velho - que conta com a participação de dez entidades, é, mais uma vez, abrir discussão sobre o futuro da nossa cidade. Para isso foi convidado o professor-doutor Humberto Kzure, profissional com de 25 anos de experiência nas questões urbanas com inúmeros projetos implantados no Brasil e fora do país disse.
De acordo com Thomé, a sensibilização da sociedade organizada é fundamental e a população está respondendo de forma positiva a este projeto, pois o número de pessoas engajadas aumenta a cada reunião e a sociedade portovelhense percebeu que cabe a ela decidir o futuro da cidade. O professor Humberto Kzure apresentou uma visão instigante, ampliando positivamente a discussão acerca do pensar soluções inovadoras e adequadas para a nossa realidade. São ideias sustentáveis e renováveis, social, ecológica e econômica para a nossa cidade. Vamos sair deste evento com mais e melhores ideias.
Projeto para 20 anos
Compondo a mesa de honra, o presidente do Sinduscon/PVH, Maurílio Vasconcelos lembrou que o embrião do projeto O Futuro da Minha Cidade surgiu em Maringá, quando a sociedade civil, de forma organizada e participativa, planejou o que queria para sua cidade para os próximos 20 ou 30 anos. A CBIC encampou o projeto e escolheu cinco capitais brasileiras, entre elas, Porto Velho, para multiplicar a ideia.
Passamos do primeiro estágio de apresentação e de convencimento e hoje avançamos para a fase da mobilização, para formar um conselho de sustentabilidade com a participação de todos os segmentos. Vamos discutir Porto Velho para daqui a 20 anos e todos os gestores que virão neste período, devem assumir o compromisso com este projeto gestado pelos anseios da população, disse.
Já o presidente do Sinduscon/RO, Emerson Fídel, ressaltou que o desenvolvimento de Porto Velho é um anseio de toda a sociedade. Este auditório da Casa da Indústria lotado prova o quanto as pessoas estão interessadas e motivadas. Quando a sociedade se mobiliza as mudanças acontecem. Este é um evento que se significa um marco para a história da Fiero e de Rondônia finalizou.
Presente ao encontro, o vice-governador Daniel Pereira disse acreditar neste modelo de organização sempre voltado para o interesse coletivo. Ele garantiu que todas as ações efetivas para melhorar a qualidade de vida de Rondônia terão a parceria do governo estadual.
Importância estratégica
O palestrante intitulou sua apresentação de Porto Velho, Uma Cidade para o Século XXI, e destacou que Rondônia tem importância estratégica para o país. Kzure afirmou que não veio para trazer soluções para a cidade, mas, trazer algumas considerações que possam facilitar ou contribuir para a continuidade dos trabalhos em desenvolvimento.
O urbanista Humberto Kzure defende a ideia de que as cidades brasileiras precisam ser repensadas para uma perspectiva de melhor condição da habitabilidade humana. Ao mesmo tempo, segundo ele, os administradores devem pensar as possibilidades concretas de termos construções urbanas mais elaboradas, de acordo com a perspectiva do futuro, assegurando melhores patamares de desenvolvimento econômico.
O ponta pé inicial para repensar a cidade, segundo o urbanista da UFRRJ, é fazer com que a discussão urbana seja de fato inserida no cotidiano do cidadão brasileiro, comentou.
Segundo o especialista, para pensar a cidade sob a perspectiva da sustentabilidade, parte de três eixos possíveis para o Espaço Urbano Contemporâneo Sustentável: A cidade atrativa; a competitiva; e a inteligente. Para que estes eixos funcionem são necessárias atividades econômicas diversificadas quanto à produção industrial e a dinamização do comércio e serviços; qualidade ambiental e sentido social; ampliação e modernização da infraestrutura urbana; instrumentos de regulação; e modernizados para a eficiência na gestão pública territorial explicou.
Kzure explicou também que o planejamento urbano requer definição clara das escalas de intervenção e estratégias de ação e gestão territorial; definição de ações a curto, médio e longo prazo; implementação de ações emergenciais e elaboração de projetos físico-espaciais sob a perspectiva sustentável. E isso, segundo o palestrante, exige ações de acessibilidade e mobilidade urbana; ampliação de equipamentos de uso coletivo; expansão de espaços públicos e culturais; eficiência energética; uso e reuso adequado da água; tratamento adequado dos resíduos; educação ambiental; segurança pública qualificada e humanizada. A cidade é construída cotidianamente pelo confronto de ideias e pela formação de parcerias entre esferas políticas, econômicas e socioculturais e ambientais, pontuou.
O encontro desta quinta-feira (23 de abril) no salão de convenções da Casa da Indústria contou com a presença de empresários, lideranças políticas e sindicais, professores e acadêmicos do curso de arquitetura. Todos com o mesmo interesse: planejar Porto Velho para os próximos 20 anos. O secretário Municipal de Planejamento Jorge Elarrat, representando o prefeito Mauro Nazif, o vice-governador Daniel Pereira, o prefeito de Castanheira, Cláudio Martins de Oliveira, representando a Associação Rondoniense dos Municípios também prestigiaram o evento.
Na sequência da apresentação, a FIERO abriu espaço para questionamentos e a participação do público foi intensa.
