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Vídeo: Com ônibus parados por falta de combustível, população se revolta e motoristas são ameaçados
Sexta-feira, 25 Janeiro de 2019 - 17:32 | da Redação
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O caos no transporte coletivo de passageiros continua em Porto Velho e, nesta sexta-feira (25), cerca de 20 carros circularam em algumas linhas dos vários bairros. A maioria do entanto, teve que retornar para a garagem por falta de combustível gerando a revolta da população, informou o presidente do Sitetuperon, Francinei Oliveira.
Conforme o sindicalista, na quinta-feira (24), feriado do aniversário de instalação do Município, 47 veículos saíram da garagem durante a manhã e não conseguiram finalizar o dia. Já nesta sexta-feira, apenas 23 carros deixaram a garagem. “A maioria deu um balão, mas o combustível acabou e já teve que ser recolhido de volta para a garagem. Isso gera insatisfação da população que precisa do serviço. A exemplo, em alguns pontos da Zona Leste, os passageiros ameaçaram quebrar, queimar os ônibus; os próprios trabalhadores foram ameaçados, mas a gente só orientou a não entrar em atrito e registrar ocorrência, se fosse o caso”, esclareceu Oliveira.
Logo no início da manhã, o Consórcio SIM confirmou a falta de dinheiro para abastecer os veículos, mas disse que conforme fossem entrando os recursos iria abastecer os ônibus e colocá-los em circulação. Já no começo da tarde, a empresa convocou os trabalhadores, alegando que havia veículo abastecido, mas não tinha motorista.
Francinei Oliveira esclareceu que os trabalhadores que estavam escalados foram para a garagem, alguns saíram e outros foram dispensados pela empresa. “Quem estava na escala foi trabalhar, mas alguns foram liberados pela empresa para irem para casa. Já nós, enquanto sindicato, estamos notificando a Semtran sobre essas atitudes e também sobre a falta de ônibus em circulação”, garante.
O problema no transporte coletivo foi comunicado após os trabalhadores darem início a uma greve, na última segunda-feira (25), cobrando o pagamento de benefícios previstos em acordo coletivo de trabalho. O caso foi parar na Justiça Trabalhista, mas, mesmo sem acordo, a greve foi encerrada três dias depois. A empresa alegou não ter saúde financeira para honrar com os pagamentos e pediu subsídio da prefeitura de Porto Velho, alegando desequilíbrio contratual. “Nós não desistimos dos direitos dos trabalhadores, mas estamos adotando medidas judiciais. Nosso setor jurídico continua analisando a melhor situação, mas Prefeitura, por meio da Semtran, sinalizou que pretende resolver esse problema. Se vai conseguir uma nova empresa ou se será esta não sabemos, mas esperamos que resolva logo”, finalizou o sindicalista.