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VÍTIMAS DA CHEIA DO MADEIRA AINDA AGUARDAM AJUDA SOCIAL
Segunda-feira, 10 Novembro de 2014 - 08:39 | RONDONIAGORA
O inegável estrago causado pela enchente que marcou a história do Rio Madeira e de milhares de famílias no início deste ano ainda não foi superado. Mais de sete mil moradores no bairro Triângulo, um dos mais antigos de Porto Velho, sofrem com os prejuízos e muitos não puderam voltar para suas casas, devastadas pelas águas.
O inverno amazônico já começou, e o medo do isolamento e alagação já toma conta daqueles que voltaram para as antigas casas, por falta de condições para pagar aluguel ou comprar outra moradia. “Nem todos receberam ajuda da prefeitura ou do governo. O auxílio do município foi pago para alguns até agosto. O auxílio aluguel de R$ 500, repassado pelo Estado, prometeram que vai até dezembro. O problema é que não tem locação nesse preço aqui por perto”, esclarece o presidente da Associação dos Moradores, José Ferreira da Silva Filho.
José afirma que, depois que a água baixou, nenhuma providência foi tomada para evitar que as famílias precisassem retornar. “Prometeram casas para ‘meio
mundo’ de gente aí, mas até hoje não tenho conhecimento.
Acessibilidade pode ficar comprometida
A rua Madeira Mamoré, que dá acesso ao Centro da cidade, está a ponto de desabar. “Esse problema é antigo. Tínhamos uma ponte de madeira, que também desabou. Fizeram essa asfaltada, que agora não vai durar mais de um mês. Esse é o nosso principal acesso”, diz José Filho.
A ligação passa por cima de um igarapé que deságua no Rio Madeira. A enxurrada causou o desmoronamento da parte inferior da ponte e a passagem está cedendo. “Já comuniquei aos órgãos competentes, mas nada foi feito”.
Patrimônio abandonado e sem segurança
O Mercado do Pescado e o Shopping Popular estão abandonados, e vândalos depredam o que restou do patrimônio público. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur), Antônio Affonso, o pedido de recursos foi enviado pela Sempla para o governo federal. “Se não recebermos nenhuma resposta, teremos que fazer a reforma com recursos próprios”.