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Nacional

Amorim cobra determinação de Dilma de suspender operação

Segunda-feira, 22 Junho de 2009 - 14:17 | Assessoria


O cumprimento da retirada da força-tarefa – Polícia Federal, Força Nacional, e Polícia Ambiental – de parte habitada da Floresta Nacional (Flona) Bom Futuro, foi cobrada hoje (22) pelo deputado federal Ernandes Amorim (PTB) à autora da ordem, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousself. Durante sua estada em Porto Velho, na sexta-feira passada, a ministra prometeu ao governador Ivo Cassol (sem partido) e ao parlamentar que iria remanejar a operação para outras reservas federais invadidas no estado, enquanto se formata juridicamente o acordo de cessão de parte da Flona em troca da reserva estadual Rio Vermelho, área impactada pela construção da usina hidrelétrica Jirau, no rio Madeira.



Por esse acordo firmado entre o governo de Rondônia e a União, as cerca de cinco mil famílias ganharam o direito de permanência em parte da Flona Bom Futuro – onde vivem e trabalham há mais de uma década –. Mas, a operação com barreiras e a ordem para retirada do gado vem sendo mantida pela força-tarefa designada pelo Ministério do Meio Ambiente, o que tem gerado protesto e insatisfação dos moradores.

A reclamação foi repassada à ministra Dilma que revalidou o acordo e se comprometeu em remanejar a força tarefa para outras áreas.

“É um absurdo se firmar um acordo dessa importância tanto para Rondônia quanto para a União e continuar uma operação na área. As pessoas que estão lá são trabalhadores e não bandidos. Não se pode resolver essas questões com uso de força. A ministra Dilma e o presidente Lula se mostraram sensíveis a essa questão e deram provas ao validar esse acordo. Enquanto não se aprova em lei tanto na Assembléia quanto nos governos estadual e federal manda o bom senso parar essas operações. Afinal, as pessoas que estão lá precisam ser respeitadas”, reclama Amorim.

Ainda segundo o parlamentar, nesta terça-feira (23) ele deve apresentar uma proposta à Casa Civil, que pode “acelerar” os trâmites do reconhecimento do acordo. “É uma alternativa simples, mas com grande eficácia que já conversamos em rápidas palavras quando da visita da ministra a Porto Velho. Mas como ela veio especialmente para tratar do balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ficamos de retomar ao assunto essa semana. Em resumo é o seguinte: o governo federal pode mandar para o Congresso uma Medida Provisória contendo esse acordo e a bancada se mobiliza para sua rápida aprovação”, explica o deputado.
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