Nacional
Morales estuda decretar estado de sítio na Bolívia
Quinta-feira, 11 Setembro de 2008 - 12:25 | G1
A constituição boliviana permite, e o governo do presidente Evo Morales está avaliando, a possibilidade de decretar estado de sítio no país, segundo revelou o embaixador do país no Brasil, René Maurício Dorfler a jornalistas nesta quinta-feira (11) em Brasília. "A constituição permite e estamos avaliando a possibilidade", disse ele.
Situação na Bolívia
Segundo o ministro de Finanças da Bolívia, Luis Alberto Arce, que também concedeu entrevista em Brasília nesta quinta, o governo do país resiste, entretanto, em adotar a medida, pois entende que não é justo que toda a população seja prejudicada pelos atos de "pequenos grupos que praticam atos de vandalismo e terrorismo".
Situação na Bolívia
Na quarta-feira (10), o governo boliviano confirmou que a exportação de 3 milhões de metros cúbicos de gás natural, o principal produto do país, para o Brasil será temporariamente interrompida por conta da explosão de um gasoduto, por manifestantas oposicionistas, no departamento (estado) de Tarija, no sul da Bolívia. Esse montante representa cerca de 10% dos 30 milhões de metros cúbicos vendidos diariamente ao Brasil.
Os opositores ao governo Evo Morales rejeitam a nova Constituição de cunho estatizante e exigem do governo a devolução de US$ 166 milhões às regiões, que Morales usa para pagar uma bonificação para os idosos.
Na terça-feira (9), grupos civis já haviam invadido, e saqueado, pelo menos cinco edifícios públicos, ao mesmo tempo em que atacaram dois meios de comunicação do governo. Em Tarija, os enfrentamentos continuaram na quarta-feira, e a cidade ficou praticamente paralisada pelos confrontos. Em vários pontos, houve bloqueios de estradas.
Guerra civil
Apesar do clima de tensão que paira sobre o país, o ministro das Finanças, Luis Alberto Arce, negou que uma guerra civil esteja em curso. Segundo ele, a maior parte da população aprova o governo do presidente Morales, uma vez que o referendo, realizado em agosto deste ano, mostrou 76% de aprovação.
"Não se trata de uma guerra civil. São pequenos grupos radicais, de 200 a 400 pessoas, mas que são violentos e terroristas. Eles estão gerando essa situação na Bolívia. Não são em todas as regiões. Não se trata da maioria da população, mas causa danos. É uma tentativa de golpe civil contra a democracia boliviana. Uma tentativa de afetar a estabilidade do país", disse ele a jornalistas.
Embaixador americano
Sobre o ato do presidente Evo Morales, que declarou nesta quarta-feira (10) o embaixador dos Estados Unidos em La Paz "persona non grata", sob a acusação de ter incitado divisões políticas em seu país e de promover separatismo, René Maurício Dorfler, o embaixador boliviano no Brasil, afirmou que a decisão não se se trata de rompimento de relações com a nação norte-americana. Segundo ele, a decisão refere-se apenas ao embaixador dos EUA em questão. "Houve intromissão em assuntos internos", disse ele, informando que já havia reclamações antes dos últimos episódios.
Situação na Bolívia
Segundo o ministro de Finanças da Bolívia, Luis Alberto Arce, que também concedeu entrevista em Brasília nesta quinta, o governo do país resiste, entretanto, em adotar a medida, pois entende que não é justo que toda a população seja prejudicada pelos atos de "pequenos grupos que praticam atos de vandalismo e terrorismo".
Situação na Bolívia
Na quarta-feira (10), o governo boliviano confirmou que a exportação de 3 milhões de metros cúbicos de gás natural, o principal produto do país, para o Brasil será temporariamente interrompida por conta da explosão de um gasoduto, por manifestantas oposicionistas, no departamento (estado) de Tarija, no sul da Bolívia. Esse montante representa cerca de 10% dos 30 milhões de metros cúbicos vendidos diariamente ao Brasil.
Os opositores ao governo Evo Morales rejeitam a nova Constituição de cunho estatizante e exigem do governo a devolução de US$ 166 milhões às regiões, que Morales usa para pagar uma bonificação para os idosos.
Na terça-feira (9), grupos civis já haviam invadido, e saqueado, pelo menos cinco edifícios públicos, ao mesmo tempo em que atacaram dois meios de comunicação do governo. Em Tarija, os enfrentamentos continuaram na quarta-feira, e a cidade ficou praticamente paralisada pelos confrontos. Em vários pontos, houve bloqueios de estradas.
Guerra civil
Apesar do clima de tensão que paira sobre o país, o ministro das Finanças, Luis Alberto Arce, negou que uma guerra civil esteja em curso. Segundo ele, a maior parte da população aprova o governo do presidente Morales, uma vez que o referendo, realizado em agosto deste ano, mostrou 76% de aprovação.
"Não se trata de uma guerra civil. São pequenos grupos radicais, de 200 a 400 pessoas, mas que são violentos e terroristas. Eles estão gerando essa situação na Bolívia. Não são em todas as regiões. Não se trata da maioria da população, mas causa danos. É uma tentativa de golpe civil contra a democracia boliviana. Uma tentativa de afetar a estabilidade do país", disse ele a jornalistas.
Embaixador americano
Sobre o ato do presidente Evo Morales, que declarou nesta quarta-feira (10) o embaixador dos Estados Unidos em La Paz "persona non grata", sob a acusação de ter incitado divisões políticas em seu país e de promover separatismo, René Maurício Dorfler, o embaixador boliviano no Brasil, afirmou que a decisão não se se trata de rompimento de relações com a nação norte-americana. Segundo ele, a decisão refere-se apenas ao embaixador dos EUA em questão. "Houve intromissão em assuntos internos", disse ele, informando que já havia reclamações antes dos últimos episódios.