Nacional
PF nega grampo, mas cúpula do STF afirma ter indícios
Sábado, 12 Julho de 2008 - 13:01 | Folha de S.Paulo
Apesar de o ministro da Justiça, Tarso Genro, ter dito que é "um absurdo" acusar a Polícia Federal de monitorar o gabinete e os assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, a cúpula do próprio tribunal diz não ter dúvidas sobre isso e acrescenta que esta é pelo menos a terceira vez em que há fortes suspeitas de grampos da PF na Corte.
Na madrugada de ontem, técnicos do Supremo fizeram uma varredura na sala de Gilmar Mendes em busca de escutas telefônicas e ambientais, mas nada encontraram.
Ontem, ao negar a hipótese de Gilmar Mendes ter sido monitorado pela PF, o ministro da Justiça aventou que "alguém" está plantando informações para causar intriga entre os dois Poderes, o Judiciário e o Executivo. Não deu indícios de quem poderia ser.
O diretor-geral da PF classificou a informação de "fofoca" e negou que a instituição tenha realizado filmagens ou interceptações telefônicas do presidente do STF.
Mendes ligou então para Tarso Genro, que negou o fato. No mesmo dia, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, foi ao Supremo, onde também desmentiu qualquer investigação contra a presidência do tribunal.
Na madrugada de ontem, técnicos do Supremo fizeram uma varredura na sala de Gilmar Mendes em busca de escutas telefônicas e ambientais, mas nada encontraram.
Ontem, ao negar a hipótese de Gilmar Mendes ter sido monitorado pela PF, o ministro da Justiça aventou que "alguém" está plantando informações para causar intriga entre os dois Poderes, o Judiciário e o Executivo. Não deu indícios de quem poderia ser.
O diretor-geral da PF classificou a informação de "fofoca" e negou que a instituição tenha realizado filmagens ou interceptações telefônicas do presidente do STF.
Ambos disseram que a Polícia Federal está à disposição de Mendes, seja para protegê-lo ou para investigar o suposto grampo em seu gabinete.
Precedentes
Marco Aurélio Melo, ex-presidente do Supremo, também suspeitava de grampos em seu gabinete e reforçou a segurança a três dias das eleições de 2006, tomando um cuidado: dispensou a PF e pediu policiais civis.
Em agosto de 2007, a revista "Veja" publicou reportagem sobre suspeitas de grampos nos gabinetes de pelo menos três ministros: Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral.
As suspeitas foram com base em varredura feita por empresa especializada, mas, quando a própria PF ficou responsável pelo inquérito, o dono dessa empresa voltou atrás e negou tudo. Em privado, alegou a altos funcionários do Judiciário que temia "represálias".
Na época, Mendes já estava em confronto aberto com a PF e declarou à revista que a instituição tinha se transformado num "braço da coação" e num "poder político para afrontar outros Poderes" e ironizou: "Hoje, falo ao telefone sabendo que a conversa é coletiva."
Agora, ele tem dito reservadamente que os "excessos" da PF são resultado do "descontrole geral", em que cada um faz o que quer no governo.
Na madrugada de ontem, técnicos do Supremo fizeram uma varredura na sala de Gilmar Mendes em busca de escutas telefônicas e ambientais, mas nada encontraram.
Ontem, ao negar a hipótese de Gilmar Mendes ter sido monitorado pela PF, o ministro da Justiça aventou que "alguém" está plantando informações para causar intriga entre os dois Poderes, o Judiciário e o Executivo. Não deu indícios de quem poderia ser.
O diretor-geral da PF classificou a informação de "fofoca" e negou que a instituição tenha realizado filmagens ou interceptações telefônicas do presidente do STF.
Mendes ligou então para Tarso Genro, que negou o fato. No mesmo dia, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, foi ao Supremo, onde também desmentiu qualquer investigação contra a presidência do tribunal.
Na madrugada de ontem, técnicos do Supremo fizeram uma varredura na sala de Gilmar Mendes em busca de escutas telefônicas e ambientais, mas nada encontraram.
Ontem, ao negar a hipótese de Gilmar Mendes ter sido monitorado pela PF, o ministro da Justiça aventou que "alguém" está plantando informações para causar intriga entre os dois Poderes, o Judiciário e o Executivo. Não deu indícios de quem poderia ser.
O diretor-geral da PF classificou a informação de "fofoca" e negou que a instituição tenha realizado filmagens ou interceptações telefônicas do presidente do STF.
Ambos disseram que a Polícia Federal está à disposição de Mendes, seja para protegê-lo ou para investigar o suposto grampo em seu gabinete.
Precedentes
Marco Aurélio Melo, ex-presidente do Supremo, também suspeitava de grampos em seu gabinete e reforçou a segurança a três dias das eleições de 2006, tomando um cuidado: dispensou a PF e pediu policiais civis.
Em agosto de 2007, a revista "Veja" publicou reportagem sobre suspeitas de grampos nos gabinetes de pelo menos três ministros: Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral.
As suspeitas foram com base em varredura feita por empresa especializada, mas, quando a própria PF ficou responsável pelo inquérito, o dono dessa empresa voltou atrás e negou tudo. Em privado, alegou a altos funcionários do Judiciário que temia "represálias".
Na época, Mendes já estava em confronto aberto com a PF e declarou à revista que a instituição tinha se transformado num "braço da coação" e num "poder político para afrontar outros Poderes" e ironizou: "Hoje, falo ao telefone sabendo que a conversa é coletiva."
Agora, ele tem dito reservadamente que os "excessos" da PF são resultado do "descontrole geral", em que cada um faz o que quer no governo.