Nacional
PF prende três ex-deputados em nova fase da Lava-Jato
Sexta-feira, 10 Abril de 2015 - 08:36 | Estadão Conteúdo
Três ex-deputados federais foram presos na manhã desta sexta-feira na 11ª etapa da operação Lava Jato, denominada "A Origem". Os detidos são André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argôlo (ex-PP e atual Solidariedade-BA), Pedro Corrêa (PP-PE). Também foram detidos Leon Vargas, irmão de André Vargas, Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, Ivan Torres, apontado como Laranja de Corrêa, e Ricardo Hofman, diretor de agência de publicidade.
Ao todo, cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nesta etapa, estão sendo investigados os crimes de organização criminosa, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência envolvendo três grupos de ex-agentes políticos.
A investigação vai além da Petrobrás e também abrange desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo divulgou a PF. Também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, onde o doleiro Alberto Youssef começou sua atuação.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
No caso de Vargas, a relação entre o ex-parlamentar e o doleiro Alberto Youssef, um dos principais alvos da operação e acusado de liderar um esquema de lavagem de dinheiro internacional, veio à tona desde o começo das investigações.
A PF interceptou contatos entre o doleiro e o deputado 270 mensagens de texto trocadas pelo aparelho BlackBerry, entre 19 de setembro de 2013 e 12 de março de 2014.
A suspeita é de que Vargas trabalhava em favor da rede articulada pelo doleiro, tendo inclusive feito lobby para o laboratório Labogen, de Leonardo Meirelles outro réu da Lava Jato, no Ministério da Saúde. Além disso, o parlamentar chegou a viajar de férias com a família em um jatinho fretado pelo doleiro em 2013.
O caso levou Vargas a ter o mandato cassado e também ser expulso do PT.
Luiz Argôlo teria recebido "ajuda financeira" de Youssef
Atualmente filiado ao Partido Solidariedade (SDD), Luiz Argôlo foi eleito deputado federal e era membro titular da Comissão de Minas e Energia. Tentou se reeleger ao cargo parlamentar, mas não conseguiu.
Sobre ele, a polícia acredita que teria recebido ajuda do doleiro Alberto Youssef para comprar bezerros e um helicóptero avaliado em R$ 800 mil.
Pedro Corrêa teve mandato cassado em 2006
Nascido no Rio de Janeiro, foi deputado federal em 1978 pela Arena. Ingressou no PPB (atual PP) em 1995, onde permanece deste então.
Teve seu mandato cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados em 2006 por envolvimento no escândalo do mensalão. Ficou com os direitos políticos suspensos até 2014.
Pelo esquema de corrupção na Petrobras, teria recebido, de uma só vez, R$ 5,3 milhões em propina.
Ao todo, cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nesta etapa, estão sendo investigados os crimes de organização criminosa, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência envolvendo três grupos de ex-agentes políticos.
A investigação vai além da Petrobrás e também abrange desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo divulgou a PF. Também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, onde o doleiro Alberto Youssef começou sua atuação.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
No caso de Vargas, a relação entre o ex-parlamentar e o doleiro Alberto Youssef, um dos principais alvos da operação e acusado de liderar um esquema de lavagem de dinheiro internacional, veio à tona desde o começo das investigações.
A PF interceptou contatos entre o doleiro e o deputado 270 mensagens de texto trocadas pelo aparelho BlackBerry, entre 19 de setembro de 2013 e 12 de março de 2014.
A suspeita é de que Vargas trabalhava em favor da rede articulada pelo doleiro, tendo inclusive feito lobby para o laboratório Labogen, de Leonardo Meirelles outro réu da Lava Jato, no Ministério da Saúde. Além disso, o parlamentar chegou a viajar de férias com a família em um jatinho fretado pelo doleiro em 2013.
O caso levou Vargas a ter o mandato cassado e também ser expulso do PT.
Luiz Argôlo teria recebido "ajuda financeira" de Youssef
Atualmente filiado ao Partido Solidariedade (SDD), Luiz Argôlo foi eleito deputado federal e era membro titular da Comissão de Minas e Energia. Tentou se reeleger ao cargo parlamentar, mas não conseguiu.
Sobre ele, a polícia acredita que teria recebido ajuda do doleiro Alberto Youssef para comprar bezerros e um helicóptero avaliado em R$ 800 mil.
Pedro Corrêa teve mandato cassado em 2006
Nascido no Rio de Janeiro, foi deputado federal em 1978 pela Arena. Ingressou no PPB (atual PP) em 1995, onde permanece deste então.
Teve seu mandato cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados em 2006 por envolvimento no escândalo do mensalão. Ficou com os direitos políticos suspensos até 2014.
Pelo esquema de corrupção na Petrobras, teria recebido, de uma só vez, R$ 5,3 milhões em propina.