Nacional
Preço máximo para leilão da usina de Jirau ficará abaixo de R$ 100/MWh
Quinta-feira, 03 Abril de 2008 - 12:03 | Folha Online
O preço máximo imposto pelo governo para o leilão da usina de Jirau, a segunda do complexo no rio Madeira, deverá ficar abaixo dos R$ 100/MWh. O valor máximo, assim, será bem menor que o cobrado no leilão da usina de Santo Antônio, leiloada em dezembro --à época, o governo estipulou um preço teto de R$ 122/MWh. A hidrelétrica foi arrematada pelo consórcio encabeçado pela Odebrecht e Furnas, que ofereceu o menor lance: R$ 78,87/MWh, deságio de 35%.
Além disso, a obra é considerada mais difícil, já que Jirau está a cerca de 130 quilômetros de Porto Velho (RO), enquanto Santo Antônio está a apenas 7 quilômetros da capital.
A redução de preços foi criticada por especialistas e investidores. Eles reclamam que a receita de Jirau será menor do que a de Santo Antônio. Isso porque a chamada energia firme, que é a quantidade de energia que a usina é capaz de gerar o tempo inteiro, será menor no caso de Jirau. Enquanto em Santo Antônio a quantidade era de 2.218 MW, na segunda hidrelétrica será de 1.966 MW.
Além disso, a obra é considerada mais difícil, já que Jirau está a cerca de 130 quilômetros de Porto Velho (RO), enquanto Santo Antônio está a apenas 7 quilômetros da capital.
"Existem diferenças entre os dois empreendimentos, Jirau tem mais custos e menos receita. Você pode até abaixar o teto, mas não pode reduzir tanto", afirmou o economista Walter de Vitto, especialista em energia elétrica da Tendências Consultoria.
Para o economista, o lance vencedor no leilão de Jirau deverá ficar acima dos R$ 78,87/MWh oferecidos por Santo Antônio.
Para um representante de uma empresa que pretende participar da licitação, o preço abaixo de R$ 100/MWh é "preocupante". Segundo disse ele à Folha Online, tudo é "muito mais complexo" na obra da nova usina. O executivo, porém, ressaltou que essa redução de preços poderá ser "compensada" pelo governo, que poderá oferecer melhores condições de financiamento. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) será o principal financiador dos dois investimentos.
Edital
A expectativa é que o edital do leilão de Jirau seja aprovado pela Aneel na semana que vem. A agência terá que avaliar o documento até o dia 9, um mês antes da data marcada para a licitação. O TCU (Tribunal de Contas da União) também terá que dar o aval para o documento.
De acordo com informações gabinete do ministro Benjamim Zymler, relator do processo, a votação do edital foi marcada para a próxima quarta-feira (9).
Segundo a Folha Online apurou, as recomendações do TCU deverão ter um impacto menor do que o ocorrido no caso de Santo Antônio. Ao analisar o edital daquela usina, o TCU recomendou modificações que, se adotadas, reduziriam o preço em 13%, cerca de R$ 16/MWh. O governo atendeu algumas reivindicações e o preço caiu de cerca de R$ 130/MWh para R$ 122/MWh.
A avaliação do tribunal, no caso de Jirau, é de que há pouca gordura a ser cortada. Muitas recomendações do TCU já foram acatadas na elaboração dos estudos da usina em relação aos dados econômico-financeiros, às obras e aos impactos ao ambiente. Além disso, ainda assim serão feitas recomendações para reduzir o custo, principalmente em relação aos gastos com as obras civis.
O complexo do rio Madeira é considerado prioritário pelo governo e foi incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As duas usinas são tidas como as únicas capazes de reduzir o risco de racionamento a partir de 2011 ou até mesmo impedir o desabastecimento.
Além disso, a obra é considerada mais difícil, já que Jirau está a cerca de 130 quilômetros de Porto Velho (RO), enquanto Santo Antônio está a apenas 7 quilômetros da capital.
A redução de preços foi criticada por especialistas e investidores. Eles reclamam que a receita de Jirau será menor do que a de Santo Antônio. Isso porque a chamada energia firme, que é a quantidade de energia que a usina é capaz de gerar o tempo inteiro, será menor no caso de Jirau. Enquanto em Santo Antônio a quantidade era de 2.218 MW, na segunda hidrelétrica será de 1.966 MW.
Além disso, a obra é considerada mais difícil, já que Jirau está a cerca de 130 quilômetros de Porto Velho (RO), enquanto Santo Antônio está a apenas 7 quilômetros da capital.
"Existem diferenças entre os dois empreendimentos, Jirau tem mais custos e menos receita. Você pode até abaixar o teto, mas não pode reduzir tanto", afirmou o economista Walter de Vitto, especialista em energia elétrica da Tendências Consultoria.
Para o economista, o lance vencedor no leilão de Jirau deverá ficar acima dos R$ 78,87/MWh oferecidos por Santo Antônio.
Para um representante de uma empresa que pretende participar da licitação, o preço abaixo de R$ 100/MWh é "preocupante". Segundo disse ele à Folha Online, tudo é "muito mais complexo" na obra da nova usina. O executivo, porém, ressaltou que essa redução de preços poderá ser "compensada" pelo governo, que poderá oferecer melhores condições de financiamento. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) será o principal financiador dos dois investimentos.
Edital
A expectativa é que o edital do leilão de Jirau seja aprovado pela Aneel na semana que vem. A agência terá que avaliar o documento até o dia 9, um mês antes da data marcada para a licitação. O TCU (Tribunal de Contas da União) também terá que dar o aval para o documento.
De acordo com informações gabinete do ministro Benjamim Zymler, relator do processo, a votação do edital foi marcada para a próxima quarta-feira (9).
Segundo a Folha Online apurou, as recomendações do TCU deverão ter um impacto menor do que o ocorrido no caso de Santo Antônio. Ao analisar o edital daquela usina, o TCU recomendou modificações que, se adotadas, reduziriam o preço em 13%, cerca de R$ 16/MWh. O governo atendeu algumas reivindicações e o preço caiu de cerca de R$ 130/MWh para R$ 122/MWh.
A avaliação do tribunal, no caso de Jirau, é de que há pouca gordura a ser cortada. Muitas recomendações do TCU já foram acatadas na elaboração dos estudos da usina em relação aos dados econômico-financeiros, às obras e aos impactos ao ambiente. Além disso, ainda assim serão feitas recomendações para reduzir o custo, principalmente em relação aos gastos com as obras civis.
O complexo do rio Madeira é considerado prioritário pelo governo e foi incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As duas usinas são tidas como as únicas capazes de reduzir o risco de racionamento a partir de 2011 ou até mesmo impedir o desabastecimento.