Nacional
Saúde confirma quatro casos de Influenza A (H1N1) no Brasil
Sexta-feira, 08 Maio de 2009 - 09:48 | MS
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou ontem à noite quatro casos de Influenza A (H1N1), novo subtipo do vírus da gripe no Brasil.
A realização do diagnóstico específico da doença respiratória foi feita a partir da chegada ao Brasil dos kits com os insumos necessários, que foram enviados aos três laboratórios de referência da Rede de Vigilância de Influenza Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, e Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Outros 93 testes de casos suspeitos e em monitoramento deram negativo. Ou seja, eles não estão com a doença. O vírus chegou ao Brasil, mas não existe evidência de que circule no país. A situação está absolutamente sob controle, disse o ministro. Quero reiterar que a população fique tranquila. Isso demonstra que o sistema de vigilância no Brasil funciona com qualidade.
A realização do diagnóstico específico da doença respiratória foi feita a partir da chegada ao Brasil dos kits com os insumos necessários, que foram enviados aos três laboratórios de referência da Rede de Vigilância de Influenza Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, e Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e Instituto Evandro Chagas, em Belém.
As análises das amostras de secreções respiratórias coletadas nos pacientes suspeitos tiveram início nesta quinta-feira. Os resultados saíram antes das 72 horas inicialmente previstas. Os kits são suficientes para realizar todos os testes necessários no país, no momento. Vamos continuar fazendo o mesmo trabalho, só que agora com uma arma muito importante, porque temos um reagente pronto para fazer o diagnóstico, avaliou o ministro.
José Gomes Temporão ressaltou que, no Brasil, há 12,5 mil tratamentos prontos e matéria-prima para outros 9 milhões. O Ministério da Saúde, os estados e os municípios, e também os médicos e os hospitais, todos estamos preparados e em plena ação para dar segurança à população e conter a doença no nosso país.
Temporão também fez um alerta à população: As pessoas não devem se automedicar, pois, além de perigoso para a sua saúde, os medicamentos podem mascarar a doença.
DETALHAMENTO DOS CASOS
Caso 1
· Paciente de São Paulo que esteve no México de 17 a 22 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 24 de abril.
· Ficou internado entre 29 de abril e 4 de maio.
· Passa bem.
· Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 2
· Paciente de Minas Gerais que esteve no México de 22 a 27 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 26 de abril, ainda no México.
· Foi internado no mesmo dia em que chegou ao Brasil.
· Recebeu alta no dia 29 de abril porque só tinha febre relatada, sem aferição por termômetro.
· Permaneceu em isolamento domiciliar até o dia 6 de maio.
· Passa bem.
· Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 3
· Paciente de São Paulo que esteve em Miami e Orlando (Flórida/Estados Unidos).
· Chegou ao Brasil no dia 28 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 29.
· Não foi internado porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, nesta data, a Flórida não era considerada área afetada pela doença nos Estados Unidos. Isto só aconteceria no dia 2 de maio.
· Foi mantido em isolamento domiciliar.
· Passa bem.
· Nenhum dos familiares manifestou sintomas.
Caso 4
· Paciente do Rio de Janeiro que esteve no México.
· Retornou ao Brasil no dia 3 de maio.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 2 de maio, ainda no México.
· Está internado desde o dia 5 de maio.
· Passa bem.
MONITORAMENTO Em 25 de abril, quando o país foi notificado pela OMS sobre casos confirmados de infecções de um novo subtipo de vírus da gripe Influenza A (H1N1) o governo brasileiro acionou o Gabinete Permanente de Emergência de Saúde Pública para acompanhar e determinar ações de prevenção à doença no Brasil. Desde então, o grupo se reúne todos os dias, na sede do Ministério da Saúde. Participam representantes dos Ministérios da Saúde, Agricultura, Defesa, Presidência da República e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
AÇÕES O Brasil está bem preparado para uma possível pandemia de influenza. Isso porque o governo brasileiro já havia começado a estruturar sua rede de vigilância para influenza em 2000. Por causa de uma então possível pandemia de gripe aviária, em 2003, o governo brasileiro constituiu um comitê técnico para a elaboração do plano de preparação brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza. Esse plano está pronto há mais de dois anos e começou a ser colocado em prática no momento em que o Brasil foi notificado pela OMS dos casos de Influenza A (H1N1), em 25 de abril passado.
O Brasil conta com 54 centros de referência, em todo o Brasil, preparados para tratar possíveis doentes. Estas unidades se enquadram em parâmetros exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o atendimento da doença, com área livre para isolamento de contato, equipamentos de proteção individuais para acompanhamento, exames e tratamento dos casos.
VIAJANTES Com a elevação do nível de alerta da OMS de 4 para 5, a Anvisa passou a monitorar todos os vôos internacionais que chegam ao Brasil. Em caso de identificação de casos suspeitos, o viajante permanecerá a bordo, juntamente com passageiros próximos a ele para avaliação clínica e epidemiológica, e se necessário, encaminhamento para hospital de referência. Os demais passageiros serão liberados, após receberem informações sobre a doença.
Para aumentar a vigilância, a ANVISA ampliou seu quadro de funcionários nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, principais portas de entrada dos vôos internacionais no Brasil. No momento, 82 funcionários se revezam em três turnos, em Guarulhos, e 55, no Galeão.
Ainda durante os voos, as tripulações das aeronaves estão orientadas a informar os passageiros sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da ANVISA ainda no aeroporto.
Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes de países afetados, recebem folder/panfleto com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção, higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informes sonoros sobre a doença.
Todos os passageiros vindos de outros países têm suas Declarações de Bagagem Acompanhada (DBA), retidas pela ANVISA. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.
O passageiro procedente de país afetado que sentir os sintomas em casa após 10 dias de retorno da viagem deve procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.
Nas embarcações que chegam ao país, o comandante ou representante legal deve informar imediatamente à autoridade sanitária todos os casos que se encaixam na definição de suspeito para influenza A (H1N1). Nessa situação, as embarcações só recebem autorização para atracar após a inspeção sanitária a bordo, realizada em fundeio ou área designada.
Resíduos sólidos provenientes de aeronaves ou embarcações com casos suspeitos serão classificados como resíduos do tipo A, ou seja, potencialmente infectantes. O descarte desses resíduos passará por procedimentos de inativação microbiológica antes da destinação final.
A realização do diagnóstico específico da doença respiratória foi feita a partir da chegada ao Brasil dos kits com os insumos necessários, que foram enviados aos três laboratórios de referência da Rede de Vigilância de Influenza Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, e Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Outros 93 testes de casos suspeitos e em monitoramento deram negativo. Ou seja, eles não estão com a doença. O vírus chegou ao Brasil, mas não existe evidência de que circule no país. A situação está absolutamente sob controle, disse o ministro. Quero reiterar que a população fique tranquila. Isso demonstra que o sistema de vigilância no Brasil funciona com qualidade.
A realização do diagnóstico específico da doença respiratória foi feita a partir da chegada ao Brasil dos kits com os insumos necessários, que foram enviados aos três laboratórios de referência da Rede de Vigilância de Influenza Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, e Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e Instituto Evandro Chagas, em Belém.
As análises das amostras de secreções respiratórias coletadas nos pacientes suspeitos tiveram início nesta quinta-feira. Os resultados saíram antes das 72 horas inicialmente previstas. Os kits são suficientes para realizar todos os testes necessários no país, no momento. Vamos continuar fazendo o mesmo trabalho, só que agora com uma arma muito importante, porque temos um reagente pronto para fazer o diagnóstico, avaliou o ministro.
José Gomes Temporão ressaltou que, no Brasil, há 12,5 mil tratamentos prontos e matéria-prima para outros 9 milhões. O Ministério da Saúde, os estados e os municípios, e também os médicos e os hospitais, todos estamos preparados e em plena ação para dar segurança à população e conter a doença no nosso país.
Temporão também fez um alerta à população: As pessoas não devem se automedicar, pois, além de perigoso para a sua saúde, os medicamentos podem mascarar a doença.
DETALHAMENTO DOS CASOS
Caso 1
· Paciente de São Paulo que esteve no México de 17 a 22 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 24 de abril.
· Ficou internado entre 29 de abril e 4 de maio.
· Passa bem.
· Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 2
· Paciente de Minas Gerais que esteve no México de 22 a 27 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 26 de abril, ainda no México.
· Foi internado no mesmo dia em que chegou ao Brasil.
· Recebeu alta no dia 29 de abril porque só tinha febre relatada, sem aferição por termômetro.
· Permaneceu em isolamento domiciliar até o dia 6 de maio.
· Passa bem.
· Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 3
· Paciente de São Paulo que esteve em Miami e Orlando (Flórida/Estados Unidos).
· Chegou ao Brasil no dia 28 de abril.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 29.
· Não foi internado porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, nesta data, a Flórida não era considerada área afetada pela doença nos Estados Unidos. Isto só aconteceria no dia 2 de maio.
· Foi mantido em isolamento domiciliar.
· Passa bem.
· Nenhum dos familiares manifestou sintomas.
Caso 4
· Paciente do Rio de Janeiro que esteve no México.
· Retornou ao Brasil no dia 3 de maio.
· Começou a manifestar os sintomas no dia 2 de maio, ainda no México.
· Está internado desde o dia 5 de maio.
· Passa bem.
MONITORAMENTO Em 25 de abril, quando o país foi notificado pela OMS sobre casos confirmados de infecções de um novo subtipo de vírus da gripe Influenza A (H1N1) o governo brasileiro acionou o Gabinete Permanente de Emergência de Saúde Pública para acompanhar e determinar ações de prevenção à doença no Brasil. Desde então, o grupo se reúne todos os dias, na sede do Ministério da Saúde. Participam representantes dos Ministérios da Saúde, Agricultura, Defesa, Presidência da República e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
AÇÕES O Brasil está bem preparado para uma possível pandemia de influenza. Isso porque o governo brasileiro já havia começado a estruturar sua rede de vigilância para influenza em 2000. Por causa de uma então possível pandemia de gripe aviária, em 2003, o governo brasileiro constituiu um comitê técnico para a elaboração do plano de preparação brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza. Esse plano está pronto há mais de dois anos e começou a ser colocado em prática no momento em que o Brasil foi notificado pela OMS dos casos de Influenza A (H1N1), em 25 de abril passado.
O Brasil conta com 54 centros de referência, em todo o Brasil, preparados para tratar possíveis doentes. Estas unidades se enquadram em parâmetros exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o atendimento da doença, com área livre para isolamento de contato, equipamentos de proteção individuais para acompanhamento, exames e tratamento dos casos.
VIAJANTES Com a elevação do nível de alerta da OMS de 4 para 5, a Anvisa passou a monitorar todos os vôos internacionais que chegam ao Brasil. Em caso de identificação de casos suspeitos, o viajante permanecerá a bordo, juntamente com passageiros próximos a ele para avaliação clínica e epidemiológica, e se necessário, encaminhamento para hospital de referência. Os demais passageiros serão liberados, após receberem informações sobre a doença.
Para aumentar a vigilância, a ANVISA ampliou seu quadro de funcionários nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, principais portas de entrada dos vôos internacionais no Brasil. No momento, 82 funcionários se revezam em três turnos, em Guarulhos, e 55, no Galeão.
Ainda durante os voos, as tripulações das aeronaves estão orientadas a informar os passageiros sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da ANVISA ainda no aeroporto.
Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes de países afetados, recebem folder/panfleto com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção, higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informes sonoros sobre a doença.
Todos os passageiros vindos de outros países têm suas Declarações de Bagagem Acompanhada (DBA), retidas pela ANVISA. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.
O passageiro procedente de país afetado que sentir os sintomas em casa após 10 dias de retorno da viagem deve procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.
Nas embarcações que chegam ao país, o comandante ou representante legal deve informar imediatamente à autoridade sanitária todos os casos que se encaixam na definição de suspeito para influenza A (H1N1). Nessa situação, as embarcações só recebem autorização para atracar após a inspeção sanitária a bordo, realizada em fundeio ou área designada.
Resíduos sólidos provenientes de aeronaves ou embarcações com casos suspeitos serão classificados como resíduos do tipo A, ou seja, potencialmente infectantes. O descarte desses resíduos passará por procedimentos de inativação microbiológica antes da destinação final.