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Após revelação e ataques em áudios, cúpula da Polícia Civil afasta delegados e manda investigar imprensa

Sexta-feira, 01 Novembro de 2019 - 07:01 | da Redação


Após revelação e ataques em áudios, cúpula da Polícia Civil afasta delegados e manda investigar imprensa

A cúpula da Polícia Civil de Rondônia decidiu reagir às divulgações de áudios atribuídos ao delegado Júlio César de Souza e que fazem revelações envolvendo a Operação Pau Oco, atacando ainda autoridades estaduais como o presidente do Tribunal de Justiça, Walter Waltemberg. Em nota divulgada na noite de quinta-feira (31), o diretor-geral de Polícia, Samir Fouad Abboud diz que determinou o afastamento de delegados da Draco (combate ao crime organizado) do interior, diz que a instituição preza pela legalidade e que encaminhou ofício ao Ministério Público para que a imprensa seja investigada no caso. Ele diz que teve a honra atacada.

Os áudios atribuídos ao delegado começaram a ser divulgados no começo da semana, como publicou o RONDONIAGORA. No primeiro deles, ele revela alterações em transcrições de conversas entre um dos denunciados na Operação Pau Oco. E diz que a partir disso, o desembargador que cuida do caso foi levado a erro. Afirma ainda que essa transcrição serviu para envolver o ex-governador Daniel Pereira. Em outro áudio há citação do presidente do Tribunal de Justiça, Walter Waltemberg e uma articulação política. O delegado Júlio Cesar era um dos responsáveis pela operação.

Na nota à imprensa, o delegado geral disse que a corregedoria da Polícia já começou a investigar o que foi denunciado pela imprensa e que todos os delegados da Draco no interior foram removidos e distribuídos pelo interior. Mas Samir Fouad afirmou que foi ofendido por veículos de comunicação. “Os fatos divulgados nos meios de comunicação não podem, por si só, promover pré-julgamento e exposição desnecessária colocando em dúvida a moralidade da instituição e de qualquer de seus integrantes. Diante da gravidade das ofensas, sobre a honra e higidez moral do delegado-geral, oficiou-se o Ministério Público do Estado de Rondônia, encaminhando-se áudios e prints de matérias publicadas, solicitando que os fatos criminosos atribuídos a direção da Polícia Civil veiculados pela imprensa local e novos fatos que possam vir a ser publicados sejam devidamente investigados”.

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