Polícia
Líder do PCC, Marcola será transferido para presídio federal de Porto Velho
Quarta-feira, 13 Fevereiro de 2019 - 15:03 | do UOL
Apontado como líder máximo da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, será transferido para o presídio federal de Porto Velho, capital de Rondônia. A informação foi confirmada ao UOL pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya e por mais três fontes ligadas ao processo de transferência da cúpula da organização para unidades federais.
Gakiya é o autor do pedido que resultou na transferência de Marcola e outros 21 presos ligados ao PCC de penitenciárias estaduais no interior de São Paulo para presídios federais na manhã desta quarta-feira (13). Eles foram divididos em grupos e levados para três estados. Além do presídio federal de Porto Velho, os de Brasília e Mossoró (RN) também receberão os membros da facção. As unidades são administradas pelo Departamento Penitenciário Nacional, órgão da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Rodízio por penitenciárias federais
Marcola não deverá permanecer por um período superior a seis meses na capital de Rondônia. A intenção é a de que o detento passe por outros presídios federais, o que dificultaria possíveis tentativas de fuga. Além dos já citados, existem unidades em Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS).
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira estabelece que os presídios federais na capital de Rondônia e em Mossoró contarão com reforço de segurança feito pelo Exército nos próximos 12 dias.
O governador João Doria (PSDB) afirmou no início da tarde, durante entrevista, que o planejamento feito entre os governos estadual e federal para transferir os presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) levou 50 dias.
"Papuda não quero"
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, o coronel da PM Nivaldo Restivo, a decisão é de mantê-los, inicialmente, 360 dias no presídio federal. Nos primeiros seis meses, eles estarão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ou seja, em isolamento.
A defesa de Marcola afirmou desconhecer a informação de que seu cliente vá para Porto Velho. "Disseram que ele iria para Brasília, mas ele não queria aceitar: "'Papuda não quero'". Um dos advogados de Marcola estava a caminho do Tribunal de Justiça Criminal da Barra Funda, às 16h, para tentar mais informações.