Operação Fortress: PF apreende veículos de luxo, dinheiro e avião; sete são presos em Porto Velho

Vinte e dois veículos, duas carretas, um barco, um jet ski, uma motocicleta e R$ 200 mil foram apreendidos nesta quarta-feira (18) em Porto Velho durante a cumprimento de mandados judiciais expedidos da Operação Fortress, deflagrada pela Polícia Federal em Rondônia e no Mato Grosso, Goiás, Acre, Amazonas, Ceará e no Distrito Federal. Um avião da organização já tinha sido apreendido.

Em coletiva de imprensa realizada no fim da manhã desta quarta, a PF confirmou que sete pessoas, incluindo o chefe da quadrilha, foram presas em Porto Velho e, ainda, bloqueio judicial das contas bancárias de 40 alvos e oito empresas utilizadas para a lavagem do capital ilícito. Os nomes dos presos não foram divulgados pela PF.

A operação desarticulou uma associação criminosa voltada para o tráfico de drogas e lavagem de capitais em diversos estado do país. Segundo o delegado Leonardo Marino, as investigações começaram há cerca de cinco meses, após algumas apreensões de drogas que constataram que o entorpecente era enviado de Rondônia para compradores em Fortaleza. “Tudo começou visando desmantelar um canal de transporte de drogas via terrestre que saia de Porto Velho com destino a Fortaleza. Esse grupo criminoso sediado na capital era quem liderava toda essa organização que, no início realizava esse transporte via terrestre em compartimentos ocultos nos veículos da quadrilha. Após algumas apreensões realizadas pela equipe de investigação em outra ação, eles passaram a utilizar aeronaves e nós conseguimos abordar uma delas no momento que ela pousava no Mato Grosso para o reabastecimento há dois meses”, explica o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, a organização era dividida em três grupos. “O primeiro grupo era aqui da capital, que eram os líderes efetivos da organização criminosa e que mantinha contato intenso com o fornecedor e com os compradores em Fortaleza. O segundo era responsável por toda a logística de transporte aéreo visando maiores lucros e transporte de maiores cargas. Já o terceiro grupo, sediado em Fortaleza, era quem recebia as drogas e depois distribuía para o mercado interno”, disse.

Em razão dos altos lucros obtidos com a compra e venda de entorpecentes os alvos possuíam um esquema altamente organizado para a lavagem dos capitais ilícitos, mediante a compra de imóveis, aeronave, veículos, dentre outros bens de elevado valor, esclarece a PF.

Ao todo foram expedidos 20 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 16 de condução coercitivas, 35 mandados buscas e apreensões nos Estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Acre, Amazonas, Ceará e no Distrito Federal.

Os presos permanecem à disposição da Justiça Estadual do Estado de Rondônia. Outras prisões, nos demais estados, ainda devem ser confirmadas pela PF até o fim do dia.