Polícia
Polícia Federal diz que ex-assessor do senador Marcos Rogério não foi preso e é considerado foragido
Sexta-feira, 03 Setembro de 2021 - 16:43 | da Redação
Na manhã desta sexta-feira (3), a Polícia Federal confirmou ao RONDONIAGORA que o ex-assessor do senador Marcos Rogério (DEM), Marcelo Guimarães Cortez Leite, está sendo procurado pelas forças de segurança. Ele é alvo da Operação Alcance, deflagrada para combater o tráfico de drogas entre Guajará-Mirim, Porto Velho e Fortaleza (CE).
Na manhã da última quarta-feira (1), a informação era de que Marcelo Guimarães havia sido preso. Nesta sexta-feira (3), a PF confirmou que os policiais foram até o endereço do investigado, mas não o localizaram, passando a ser foragido da Justiça. Somente em Porto Velho, 12 pessoas foram presas preventivamente, durante a Operação Alcance, deflagrada pela Polícia Federal.
As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da Organização Criminosa (ORCRIM) sediada em Porto Velho, e liderada por indivíduo foragido condenado em 2015 a aproximadamente 40 anos de prisão por tráfico, associação e lavagem de dinheiro. A polícia constatou que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio.
Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações. Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$ 1.500.000,00 no interstício de 15 dias. Durante as investigações, a Polícia apurou que a droga saia do município de Guajará-Mirim, passava por Porto Velho e seguia para Fortaleza. Todo o transporte dos entorpecentes era feito via terrestre. De acordo com o chefe da delegacia de repressão a drogas, delegado Hévelin Rodrigues, o patrimônio do líder da organização criminosa, e dos principais envolvidos que atuavam com ele foi bloqueado pela justiça.