Polícia
Trabalhadores da Câmara da capital paralisam atividades por reposição salarial de 8,89%
Segunda-feira, 20 Junho de 2016 - 18:17 | Da Redacao
Os servidores efetivos da Câmara Municipal de Porto Velho cruzaram os braços nesta segunda-feira (20) para reivindicar reposição salarial de 8,89%. A paralisação é de um dia e quer chamar a atenção da presidência e mesa diretora da casa de leis municipal para tentar um acordo, já que as negociações não vem surtindo efeito. Segundo o Sindicato dos Servidores (Sinscampv), hoje existem cerca de 95 trabalhadores e as perdas salariais já são desde 2013. O presidente da Câmara, Jurandir Bengala, diz que não há como conceder nenhum tipo de aumento aos servidores.
O assistente legislativo Felizardo Bernardo Filho explica que os servidores já vem tentando negociar, mas a propostas não avançaram. “Desde o início do ano estamos tentando negociar a recomposição inflacionária. Em 2013, tivemos um índice de aumento não condizente com a inflação do ano. E de lá para cá nós estamos tendo perdas. A única proposta que veio até agora é que todos (os servidores) ficariam isentos do percentual do vale transporte. Mas somente isso não repõem nossas perdas”, afirma Felizardo.
O presidente do Sinscampv, Marcelo Nóbrega, salienta que os servidores buscam ter os mesmos direitos dos vereadores. “Tivemos várias reuniões com o presidente da casa e com a mesa diretora, mas nem todos eles compareçam. A gente resolveu fazer esse dia de paralisação para mobilizar. Foram vários meses de reunião e até agora não tivemos nenhuma proposta. Assim como eles tiverem o reajuste deles, nós também queremos o nosso”, diz Marcelo.
Já o presidente da Casa de Leis, Jurandir Bengala, afirma desconhecer os motivos da paralisação dos servidores e argumenta não haver condições de conceder qualquer percentual sobre o salário dos servidores devido a perdas orçamentárias que a Câmara sofreu neste ano, na ordem de R$ 4 milhões. “Eu não sei nem porque os servidores estão em greve. Nós deixamos muito a disposição para os servidores. Eles têm os maiores cargos da casa. Nós sabemos que estamos numa crise. Somente neste ano, já perdemos mais de R$ 4 milhões. Eles estão no direito deles. No nosso orçamento em 2015 foi de R$ 35 milhões, hoje são R$ 31 milhões. Eu não sei fazer milagre. Estamos a disposição dos servidores para negociar, mas hoje não temos saída. Se acharmos uma saída, não vejo problema nenhum em aumentar o salário deles. Mas hoje, não tem jeito. Se eles quiserem sentar novamente para conversar e se tiver uma saída, não vejo problema em aumentar os salários dos servidores”, finaliza o presidente da casa.