Política
"CHAPA 2" FOI RESPONSÁVEL PELA ANULAÇÃO DAS ELEIÇÕES NO CREMERO, DETALHA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Terça-feira, 24 Setembro de 2013 - 17:17 | RONDONIAGORA
Irregularidades ocorridas dias antes da eleição para diretoria do Conselho Regional de Medicina (Cremero) culminaram com a anulação de todo o processo eleitoral e também a destituição da comissão eleitoral, que nada fez após denúncias realizadas pela Chapa 1. Parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), assinado pelo advogado José Alejandro Bullon, chefe da assessoria jurídica e pelo relator Carlos Vital Tavares definiu a não homologação dos resultados, definindo nova eleição para novembro.
Segundo a Nota Técnica 148/2013, que embasou o parecer do conselheiro Carlos Vital Tavares, as irregularidades foram cometidas por pessoas ligadas a Chapa 2 e consistiram na “manipulação indevida de votos por correspondência”. Na prática, pessoas ligadas a Chapa 2 foram flagradas com os votos, o que pode ter alterado o resultado. “A Comissão Regional Eleitoral informou que os fatos narrados ocorreram e que tomaram as providências necessárias para impedir a continuidade da violação e, inclusive, acionaram a Polícia Federal para apuração de eventual crime. Ora, esta simples alegação já é suficiente para constatar a ocorrência de ilegalidade/irregularidades no pleito, já que se defende expressamente que tomaram as providências necessárias...A prova documental é farta no sentido de evidenciar que uma pessoa estranha a Comissão Regional Eleitoral e ao próprio Cremero, adentrou ao recinto da sede deste, tendo acesso físico aos votos por correspondência, manipulava-os manualmente, fotografava o remetente de cada um dos votos e utiliza essas informações da forma que bem entendia”, diz o relatório.
Diz ainda o relatório que o abuso não pode ser tolerado. “Com efeito, num processo eleitoral em que se busca lisura, a transparência, o equilíbrio das forças e a sua regularidade, é altamente arriscado que a manipulação manual/física prévia dos votos e o seu registro fotográfico como meio de conhecimento de quem já votou e quem deixou de votar, possa ser admitido. Claramente a identificação de dezenas de votos foi comprometida”, afirma o parecer aprovado pelo Conselho Federal de Medicina que determinou nova eleição no mês de novembro.
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