Política
"Operação Plateias só confirmou o que venho denunciando há anos", diz Hermínio
Sexta-feira, 28 Novembro de 2014 - 14:06 | Ale/RO

A declaração foi feita ao apresentador Léo Ladeia, no bloco Cafezinho de Prosa, do programa Tempo Real da TV Candelária, na noite de quinta-feira (27), onde o deputado foi entrevistado. Embora ao longo dos últimos três anos as denúncias de corrupção praticadas pelo atual governo tenham se tornado uma espécie de mantra repetido quase que diariamente pelo deputado, pessoas ligadas ao governo contra atacavam tentando desacreditar as denúncias. Ao se tornarem públicas, as investigações confirmaram o que Hermínio Coelho vinha denunciando sistematicamente.
Na entrevista Hermínio disse que os membros mais próximos do governador Confúcio Moura, como seu cunhado Assis Oliveira, coordenador da campanha de 2010, não se preparam para planejar e promover o desenvolvimento do Estado, mas sim, se preparam apenas para montar uma quadrilha e saquear o Estado. Para reparar os danos, disse ter muita fé e acreditar na Polícia Federal, no Ministério Público, na Controladoria da União e, sobretudo, na Justiça.
Hermínio recordou a decretação do estado de emergência na área da saúde no início do governo, que em sua avaliação, não foi para tirar pacientes do chão do pronto socorro João Paulo II, como apregoava o governo, mas sim, para começar dali um grande esquema de roubo, já que não precisava de licitação para fazer as compras.
Em alguns momentos de certa ironia, o deputado disse que o governador Confúcio Moura é tão dissimulado que às vezes, até ele próprio acredita ser honesto, emendou. Por fim, o deputado que tem em mãos duas representações uma de um policial e outra de um auditor que pedem o imediato afastamento do governador e que precisam tramitar na Assembleia, sugeriu que o próprio governador peça o afastamento. Se tiver um pouco de vergonha na cara e de dignidade, ele próprio deveria entregar o governo. Se fizer isso, fará ao menos uma coisa boa neste governo perverso.
Hermínio defendeu que o Governo seja entregue ao presidente do Tribunal de Justiça, com o autoafastamento do Confúcio e as renúncias do vice e dele próprio, para coordenar uma transição neste fim de governo e início do próximo, deixando a polícia federal e a justiça livres para agirem até a conclusão dos inquéritos.