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Política

Amorim cobra explicações sobre troca de favores no Ibama, Minc e grupo Bertin

Segunda-feira, 01 Junho de 2009 - 16:51 | Assessoria


As explicações ao Congresso Nacional do engavetamento de uma multa de R$ 3 milhões, durante nove meses no Ibama, contra o frigorífico Bertin S/A – o mesmo grupo que arrematou os bois piratas apreendidos pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc -, foi cobrada nesta segunda-feira (1) pelo deputado federal Ernandes Amorim (PTB), na Câmara.



“Os tais bois piratas já estavam prestes a morrer por falta de um tratamento adequado e pela falta de frigoríficos interessados na compra, e de repente aparece o ‘salvador da pátria’, os bois foram arrematados pelo Grupo Bertin, por preços inferiores de mercado, R$ 390,00 a cabeça, salvando a operação que estava fadada a um grande fracasso. A partir daí a multa literalmente estacionou na gaveta da gerencia do Ibama em Marabá, o que é estranho e incompreensível, pois as multas normalmente têm um procedimento sumário e os autos de infração são transformados em processos administrativos de cobrança nos sistemas eletrônicos do Ibama”, observa Amorim.

Ele disse que os “onguistas do Ibama” ungidos pelo ministro Minc, mostram com essa manobra, denunciada pela mídia nacional, a serviço de quem se encontram nesse episódio da multa aplicada inadvertidamente ao grupo econômico Bertin S/A, uma das maiores redes de frigoríficos do país, escondendo, e engavetando por quase nove meses uma multa de três milhões de reais. Além da negligencia administrativa, o engavetamento da multa aplicada em 27 de julho do ano passado, ganha importância política porque o Grupo Bertin teve participação decisiva na compra dos denominados “bois piratas”, como ficou conhecido o gado criado em áreas desmatada irregularmente e aprendidos no Pará em Junho de 2008.

“Os tais bois piratas já estavam prestes a morrer por falta de um tratamento adequado e pela falta de frigoríficos interessados na compra, e de repente aparece o ‘salvador da pátria’, os bois foram arrematados pelo Grupo Bertin, por preços inferiores de mercado, R$ 390,00 a cabeça, salvando a operação que estava fadada a um grande fracasso. A partir daí a multa literalmente estacionou na gaveta da gerencia do Ibama em Marabá, o que é estranho e incompreensível, pois as multas normalmente têm um procedimento sumário e os autos de infração são transformados em processos administrativos de cobrança nos sistemas eletrônicos do Ibama”, observa Amorim.

Ainda segundo ele, o que chama a atenção é a marcha lenta imposta ao processo de cobrança da multa com a presteza do Grupo Bertin em salvar a “Operação Boi Pirata”, pois se trata de uma infração aplicada em uma operação do Ibama, quando os fiscais encontraram numa das unidades do grupo em Santana do Araguaia (PA) um estoque equivalente a 10 mil metros cúbicos de lenha nativa sem documentos que pudessem certificar a origem da madeira.

“Esse processo relativo aos bois piratas é uma historia mal contada, e lesiva aos interesses do Governo Federal, pois quando o Grupo Bertin, aceitou comprar os tais bois o ministro já havia gastado um milhão de reais para manter o rebanho apreendido e até já admitia fazer um churrasco para as famílias inscritas no programa Fome Zero”, disse Amorim
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